Relato do treino livre
Fórmula 1 GP do Brasil

Albon lidera primeira sessão de treinos para o GP do Brasil de F1

Piloto da Red Bull liderou uma sessão pela primeira vez no ano. Nos minutos finais, Albon bateu o carro e causou bandeira vermelha que encerrou o treino

Alexander Albon, Red Bull RB15

O fim de semana do GP do Brasil de 2019 começou da forma como deve terminar: molhado. A chuva constante foi a grande protagonista da primeira sessão de treinos, liderada por Alexander Albon, que marcou 1min16s399.

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Depois de quase 25 minutos de treino, Carlos Sainz Jr. foi o primeiro a marcar tempo, fechando sua volta em 1min23s689. Cerca de 10 minutos depois, foi a vez de Charles Leclerc assumir o topo da tabela, com 1min21s259. Porém, após 40 minutos de treino, apenas três pilotos haviam registrado tempos.

Nos minutos seguintes, a chuva diminuiu e permitiu a Leclerc melhorar o próprio tempo, fechando a volta em 1min17s285. Com a melhora nas condições, os pilotos da Toro Rosso, Renault e Williams também deixaram os boxes e completaram voltas rápidas.

 

Depois de fazer algumas tentativas, Sebastian Vettel tomou a liderança de Leclerc com uma volta completada em 1min17s041. Na primeira hora de treino, Mercedes e Red Bull chegaram a ir à pista algumas vezes, mas não chegaram a completar voltas rápidas.

Quando faltavam 25 minutos para o fim do TL1, Valtteri Bottas foi à pista e assumiu a liderança, com o tempo de 1min16s693. O tempo do finlandês ficou apenas 8 minutos no topo da tabela, pois Alex Albon baixou a marca do piloto da Mercedes e anotou 1min16s399. Até os minutos finais, Max Verstappen e Lewis Hamilton não haviam completado volta rápida. 

Nos cinco minutos finais, a pista secou o suficiente para alguns pilotos se arriscarem de pneus slick. De pneus macios, Verstappen escorregou para fora da pista. Logo na sequência, Alex Albon perdeu o controle e foi parar na barreira de proteção. Com o acidente do tailandês, a sessão foi encerrada 2 minutos antes do previsto e alguns pilotos acabaram não registrando suas voltas rápidas.

Veja classificação completa do TL1 em Interlagos:

Cla Piloto Voltas Tempo Diferença Intervalo km/h
1 Thailand Alexander Albon 9 1'16.142     203.729
2 Finland Valtteri Bottas 10 1'16.693 0.551 0.551 202.266
3 Germany Sebastian Vettel 13 1'17.041 0.899 0.348 201.352
4 Monaco Charles Leclerc 13 1'17.285 1.143 0.244 200.716
5 Spain Carlos Sainz Jr. 16 1'17.786 1.644 0.501 199.424
6 Germany Nico Hulkenberg 8 1'17.899 1.757 0.113 199.134
7 Australia Daniel Ricciardo 9 1'17.985 1.843 0.086 198.915
8 France Pierre Gasly 17 1'18.100 1.958 0.115 198.622
9 Russian Federation Daniil Kvyat 16 1'18.274 2.132 0.174 198.180
10 United Kingdom Lando Norris 15 1'18.559 2.417 0.285 197.461
11 United Kingdom George Russell 18 1'18.779 2.637 0.220 196.910
12 Denmark Kevin Magnussen 10 1'19.247 3.105 0.468 195.747
13 Canada Lance Stroll 6 1'19.414 3.272 0.167 195.335
14 Finland Kimi Raikkonen 12 1'19.532 3.390 0.118 195.046
15 Italy Antonio Giovinazzi 18 1'19.600 3.458 0.068 194.879
16 Canada Nicholas Latifi 16 1'20.010 3.868 0.410 193.880
17 France Romain Grosjean 3        
18 Mexico Sergio Perez 1        
19 Netherlands Max Verstappen 3        
20 United Kingdom Lewis Hamilton 3        

GALERIA: Curiosidades do GP do Brasil de Fórmula 1

O primeiro GP do Brasil foi realizado em 1972, em Interlagos, mas ainda não era válido pelo campeonato mundial, com a vitória de Carlos Reutemann.
No ano seguinte, Emerson Fittipaldi foi o primeiro a triunfar em uma corrida oficial da F1 no mesmo local, pela Lotus.
Alain Prost é o maior vencedor da prova, com seis triunfos (1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990). Carlos Reutemann é o segundo, se contarmos também a etapa de 1972, com quatro, junto com Michael Schumacher.
Entre os brasileiros, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Felipe Massa venceram em casa em duas ocasiões. José Carlos Pace (foto), que dá nome ao Autódromo de Interlagos, triunfou em 1975.
Piquet poderia estar na frente na contagem brasileira, se não tivesse sido desclassificado da edição de 1982. O tricampeão mundial chegou em primeiro, desmaiou no pódio por causa do forte calor de Jacarepaguá, mas foi desclassificado por estar com o carro mais leve do que o permitido. Prost herdou a vitória, após o mesmo também ter ocorrido com Keke Rosberg.
A McLaren é a equipe que mais venceu no Brasil, em 12 oportunidades, seguido da Ferrari, com 11. A última vez que a equipe britânica venceu foi em 2012, com Jenson Button.
Interlagos teve seus dois traçados clássicos na F1. O de quase 8 mil metros e o atual, que é utilizado desde 1990, quando voltou a receber a categoria, com 4.309m.
O GP do Brasil já foi palco para conquistas de título na F1, especialmente quando a prova foi transferida para a parte final do calendário, a partir de 2004: Fernando Alonso em 2005 e 2006, Kimi Raikkonen em 2007, Lewis Hamilton em 2008, Jenson Button em 2009 e Sebastian Vettel em 2012. Kimi foi o único a se consagrar vencendo.
Um dos momentos mais emocionantes do GP do Brasil foi a vitória de Ayrton Senna em 1991, quando o brasileiro se viu apenas com a sexta marcha e terminando a corrida exaurido, com dificuldades de chegar ao pódio, bem como levantar o troféu.
Em 1993, a chuva deu a tona na segunda vitória do brasileiro, que esteve nos braços do povo após o término da prova.
Apesar de nunca ter vencido no Brasil, Max Verstappen se destacou em duas ocasiões, coincidentemente nas duas vitórias de Lewis Hamilton em Interlagos. Em 2016, o holandês deu um show na chuva que assolava o autódromo, terminando em terceiro...
...e no ano passado, ao se enroscar com Esteban Ocon no S do Senna, perdendo a liderança e a vitória para Hamiltojn e tirando satisfações com o francês após a corrida.
Em 2003 o GP do Brasil terminou apenas duas semanas depois de sua realização. Tudo porque na volta 54, Mark Webber bateu muito forte na Curva do Café, causando a entrada do Safety Car, mas Fernando Alonso bateu no mesmo ponto ao atingir um dos pneus do carro do australiano.
Depois do acidente, foi agitada a bandeira vermelha e a prova foi encerrada. O vencedor do momento, ao contrário do que todos imaginaram, foi Kimi Raikkonen, que ocupava a liderança na volta 53.
Giancarlo Fisichella o havia ultrapassado na volta 54, mas pelo regulamento, o resultado final teria de ser o de duas voltas anteriores à que foi sinalizada a bandeira vermelha. Os fiscais declararam que a bandeira foi sinalizada na volta 55, portanto tornando oficiais os resultados de acordo com o fechamento da volta 53.
Dias depois da corrida, evidências em vídeo mostraram que Fisichella havia, de fato, aberto a volta 56 antes do sinal de interrupção da corrida, fazendo com que o resultado real da prova fosse o do fechamento da volta 54, com o piloto da Jordan na liderança. Fisichella foi oficialmente reconhecido como vencedor duas semanas depois.
No GP de San Marino, em uma cerimônia não-oficial, Raikkonen entregou o troféu de 1° colocado ao piloto da equipe irlandesa.
Cigarro e bebidas: o GP do Brasil tem naming rights desde 1999, quando os cigarros Marlboro batizavam a prova, até 2004. A Petrobras fez o mesmo de 2009 a 2015 e a cervejaria Heineken dá nome à prova desde 2017.
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Podcast: o que esperar do GP do Brasil de F1?

Nesta edição do podcast Motorsport.com Brasil, Carlos Costa e Gustavo Faldon falam sobre a expectativa para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

 

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