Grosjean lamenta 'geração perdida' de pilotos na F1: "Não tivemos uma oportunidade real"
Segundo o francês, com as vagas nas equipes de ponta ocupadas, os pilotos não tiveram a chance de evoluir na categoria
A caminho de suas corridas finais na Fórmula 1, Romain Grosjean fez uma reflexão sobre seus anos na principal categoria do automobilismo mundial e, para o francês, sua geração, de 1986 e 1987 foi uma das que mais sofreu no esporte, tendo menos oportunidades para evoluir.
Recentemente, a Haas confirmou que Grosjean e Magnussen não seguirão com a equipe após o final deste ano e ambos já confirmaram que estão buscando vagas em outras categorias, com o francês admitindo conversas com equipes da Indy, além de um interesse no programa de hipercarro da Peugeot para o Campeonato Mundial de Endurance.
Grosjean entrou para a F1 em 2009, no meio da temporada, substituindo Nelsinho Piquet na Renault e tendo Fernando Alonso como companheiro. Mas ao final da temporada, a equipe optou por assinar com Robert Kubica e Vitaly Petrov, deixando o francês apenas com a GP2 como opção.
Ele voltou à F1 em 2012, com a Lotus, tendo sua melhor fase na categoria, com dez pódios conquistados em quatro temporadas. Em 2016, com a Renault reassumindo as operações da equipe, Grosjean assinou com a Haas, que entrava no Mundial pela primeira vez e corre com a marca norte-americana desde então.
Para Grosjean, ele e outros pilotos de sua idade, como Nico Hulkeneberg, Sébastien Buemi, Paul di Resta e outros chegaram à categoria no pior momento possível, em que todos os carros competitivos já estavam garantidos para outros pilotos, tornando muito difícil uma evolução na F1.
Em entrevista ao podcast In the Pink, da jornalista Natalie Pinkham, Grosjean analisou a situação de sua geração.
"Pensando bem, talvez seja negativo fazer parte da geração de 1986 e 1987. Paul di Resta, Nico Hulkenberg, eu, e até Sébastien Buemi... nós chegamos em um momento em que os lugares das principais equipe já estavam ocupados e os veteranos não estavam prontos para deixar a F1".
"Nós éramos jovens e chegamos sem ter uma oportunidade real".
Outro nome nascidos nesse período é Kamui Kobayashi, campeão do WEC. Do grid atual, apenas um nome dessa geração citada por Grosjean conseguiu quebrar a escrita: Sebastian Vettel, nascido em 1987 e que conseguiu escalar até chegar aos quatro títulos mundiais conquistados pela Red Bull.
Essa não é a única geração que sofreu com a falta de oportunidades para crescer na F1. Há também uma lista considerável de pilotos nascidos entre 1990 e 1992 que passaram pelos mesmos problemas. Essa geração inclui nomes como o brasileiro Felipe Nasr, o belga Stoffel Vandoorne, piloto da Mercedes na Fórmula E, Alexander Rossi e Marcus Ericsson, destaques na Indy, além do bicampeão da F-E Jean-Éric Vergne.
Grosjean voltou a admitir que dificilmente seguirá na F1 no próximo ano, criticando as complicações criadas pela categoria, com as oportunidades sendo muito escassas.
"Não há muita diferença. Você não tem muito controle sobre a situação. Claro que você torce para ser campeão mundial, mas sabe também que sem as ferramentas certas não há como. Acho que a F1 seria muito melhor sem um domínio de uma única equipe".
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