Há 15 anos, Vettel conquistava o primeiro título na F1 no emocionante GP de Abu Dhabi de 2010
No dia 14 de novembro de 2010, o alemão se tornou o mais jovem campeão da história, derrotando Alonso, que vivia um pesadelo chamado Petrov
Efeméride
Sur deux ou quatre roues, replongez-vous dans l'Histoire des sports mécaniques, celle qui a écrit la légende des hommes et des machines durant des décennies.
Nesta sexta-feira (14 de novembro) completa-se o 15º aniversário do incrível final da temporada 2010 da Fórmula 1, que consagrou Sebastian Vettel como o mais jovem campeão da história, superando Fernando Alonso e Mark Webber no GP de Abu Dhabi.
Na edição de 2010 da etapa de Yas Marina chegaram, pela primeira vez na história, até quatro pilotos com chances de título. O favorito era Alonso (Ferrari), que liderava com 246 pontos. Tinha oito de vantagem sobre Webber (da Red Bull), nada menos que 15 sobre Vettel (também da Red Bull) e também chegava com possibilidades, embora mínimas, um Lewis Hamilton que, ainda na McLaren, tinha 24 pontos a menos que Fernando.
A princípio, o principal rival de Alonso era Webber, embora para o espanhol bastasse ser primeiro ou segundo para se sagrar campeão. Até mesmo a quarta posição seria suficiente se Webber não vencesse. Por sua vez, Hamilton precisava de um milagre completo (bastava Alonso ficar em 10º para Lewis perder todas as chances), e para Vettel bastava ser primeiro ou segundo e esperar.
O alemão conquistou a pole no sábado, com Hamilton logo atrás. Alonso garantiu uma confortável terceira posição, vendo ainda Webber largar em quinto. Na largada, mesmo com Jenson Button passando Alonso e o feito cair para quarto lugar, o espanhol era virtualmente campeão no início da corrida. Contudo, em determinado momento, tudo mudou.
Michael Schumacher sofreu um acidente com o Mercedes ao tocar no Force India de Vitantonio Liuzzi na primeira volta, o que fez o Safety Car ser chamado. Alguns pilotos, entre eles Nico Rosberg com o Mercedes e Vitaly Petrov com o Renault, aproveitaram esse momento para fazer suas paradas. Vettel quase escapou da pista algumas voltas depois, chegando a tocar o muro com um dos pneus, mas conseguiu manter a liderança.
Como nada mudava e o título parecia ir para Maranello, a Red Bull decidiu apostar numa estratégia e tirou da cartola uma jogada de mestre. Na volta 12, com Webber atrás de Alonso, fizeram o australiano parar. Embora inicialmente tenham mantido Fernando na pista, a Ferrari reagiu e fez sua parada na volta 16, o que depois seria considerado um erro histórico.
Alonso caiu para a 12ª posição, embora vários rivais ainda tivessem que fazer suas paradas. Quando fizeram, Alonso (7º) tinha à frente Petrov (6º) e Rosberg, que não precisavam voltar aos boxes, mas ainda havia um longo caminho para ultrapassá-los e voltar à quarta posição que lhe daria o título.
O bicampeão tentou ultrapassar Petrov de todas as formas e, em algumas ocasiões, parecia que seria possível, mas o russo se defendia com tudo, tornando-se uma muralha impenetrável. Sem plano 'B', a Ferrari pediu a Alonso que usasse "o melhor do seu talento, sabemos que é enorme".
Mas não foi suficiente. Na frente, os três primeiros fizeram suas paradas e nada mudou. Vettel seguia na liderança, com Hamilton em segundo e Button em terceiro. Também pontuando, Rosberg mantinha o Mercedes na quarta posição e Kubica era quinto, à frente de Petrov e Alonso.
Com Vettel como vencedor, Alonso precisava se livrar de Petrov, Kubica e Rosberg, mas não conseguiu sequer passar o primeiro. Em um traçado de Yas Marina que não favorece ultrapassagens, as voltas foram passando sem que surgisse a manobra que lhe permitisse recuperar uma posição e, embora Webber estivesse atrás, estavam perdendo o mundial.
Vettel não falhou e venceu à frente das McLaren, enquanto Rosberg e os Renault mantiveram suas posições, deixando Alonso em sétimo. "Sebastian Vettel, du bist Weltmeister. O Campeão Mundial", ouviu-se pelo rádio da Red Bull logo após cruzar a linha de chegada. O alemão, o mais jovem a entrar na lista de campeões mundiais, não conseguiu conter as lágrimas nem dentro do carro nem no pódio.
A Red Bull havia perdido com Webber, mas ganhou com seu outro piloto, enquanto Ferrari e Alonso saíram de mãos vazias em seu primeiro ano juntos. O espanhol, como não poderia deixar de ser, mostrou-se abatido após um ano de luta e chegar ao final com tudo a favor.
Aquele dia escapou uma grande oportunidade para que a Espanha tivesse três títulos da F1, mas parecia o início de uma grande era para Alonso com a Scuderia. O que acabou não se concretizando, embora, em 2012, houvesse outra chance na última corrida também contra Vettel, o que aconteceu foi que naquele domingo de novembro de 2010 começou uma era triunfante de Sebastian e Red Bull, que juntos acumularam quatro títulos de pilotos e outros quatro de construtores.
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