Hamilton: Engenheiros da McLaren "nunca me ouviram"
Falando de sua evolução no relacionamento com engenheiros ao longo de sua carreira, Lewis Hamilton revelou que lutou para afirmar seu ponto de vista na McLaren, mas também no seu início na Mercedes
Agora sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton adquiriu certas qualidades ao longo dos anos. Entre elas, explorar ao máximo a resistência dos pneus Pirelli, fazendo a gestão dos compostos conseguindo ir rápido sem os forçar excessivamente.
No GP da Turquia, que carimbou o sétimo título do britânico, Hamilton terminou a corrida com pneus intermediários já muito desgastados de 50 voltas, em uma corrida de 58.
"Tenho consciência disso desde a GP2", disse em entrevista ao Motorsport.com. “Se você pegar a minha corrida [em Istambul] da GP2, vê que apliquei a minha técnica de pilotagem [no GP da Turquia de 2020]. Mas hoje você tem que pilotar cuidando dos pneus. É o que a equipe também faz, e é algo muito interessante de observar ao longo dos anos, desde que estou aqui."
A própria questão da gestão dos pneus é inseparável do trabalho realizado com os engenheiros para tentar otimizar as configurações. E nesse sentido, nem sempre foi fácil para Hamilton impor seu ponto de vista sobre o caminho a seguir, seja na McLaren ou no seu começo na Mercedes.
“Quando eu estava na McLaren, quando comecei, estava sempre questionando as coisas. Na McLaren, eu questionava a forma como eles preparavam os pneus e a temperatura, tudo, e eles nunca me ouviram. Eles estavam fazendo suas coisas."
“Quando entrei para esta equipe [Mercedes], tive muita dificuldade em tentar coisas diferentes e falar. Pude desenvolver uma afinação, mas os pneus são uma grande parte da performance, e como pode, tiramos todo o potencial disso em uma volta. E depois há coisas que o carro faz pelos pneus, seja na afinação ou em termos do pacote aerodinâmico."
“Eu coloquei muita pressão na equipe em relação ao que eu queria em termos de equilíbrio aerodinâmico, por exemplo. Venho fazendo com que eles mudem isso desde 2014. Conseguimos evoluir aos poucos."
“Eu os fiz pensar fora da caixa e tentar coisas diferentes e eles realmente se moveram nessa direção. E quando você consegue um bom resultado ou faz uma boa corrida, você fica tipo: 'Olha, se estamos mais abertos a certas ideias, mesmo que pareçam malucas, vamos fazer e seguir em frente’. Esta é uma das coisas que nos tem ajudado a aumentar continuamente o nível, porque podemos ter uma abordagem melhor do que antes."
Piloto é um dos lemes da equipe
"No que diz respeito a ajudar a desenvolver o carro, é difícil de entender. É difícil para alguém novo na F1, para um jovem piloto, entender completamente o que Michael [Schumacher] fazia. Eles apenas veem que temos um bom carro, que Michael tinha um bom carro."
"Agora que estou lá, entendo o que Michael fez com sua equipe, ou talvez o que ele poderia ter feito com sua equipe. Tenho certeza de que é semelhante ao que eu tive que fazer. Você tem que ser o leme. Existe esse grupo poderoso de pessoas inteligentes e apaixonadas e naturalmente existe a liderança da equipe, que é o leme principal", concluiu.
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