F1 - Hamilton espera não estar pilotando aos 40 anos: "Há tantas coisas que quero fazer"
Heptacampeão falou ainda sobre sua luta contra o racismo e a favor da diversidade e inclusão no esporte
Lewis Hamilton parece a caminho de garantir mais uma renovação de contrato com a Mercedes na Fórmula 1, calando os rumores de que poderia se aposentar no fim do ano, já que havia fechado um acordo de apenas um ano com a equipe alemã. Mas, aos 36 anos, o heptacampeão já vê uma marca que não gostaria de passar nas pistas.
Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Hamilton foi questionado sobre o futuro na F1, se ele se via como um novo Fernando Alonso ou Kimi Raikkonen, pilotando com mais de 40 anos.
"Sinceramente espero não estar pilotando aos 40 anos. Há tantas coisas que quero fazer na vida que seria difícil. Mas, na vida, as mudanças são tão rápidas que você se perde. Por exemplo: não esperava me divertir tanto quanto estou nesta temporada".
Nos últimos anos, Hamilton se tornou uma das principais vozes no mundo do esporte na luta contra o racismo e a favor da diversidade e inclusão. O heptacampeão falou mais sobre seu ativismo e os resultados que está vendo.
"Fico orgulhoso em vez mais e mais pessoas se conscientizando. Cada vez mais, as federações esportivas estão se conscientizando dos problemas e da discriminação sofrida pelos atletas. Mas ainda há muito por fazer. O racismo não se resolve ajoelhando-se ou com gestos simbólicos".
"A verdadeira questão é: 'O que minha organização está fazendo para melhorar a situação?'. Foram várias ações concretas neste ano: o apagão nas redes sociais, feito com o futebol e outras modalidades, contra abusos na rede, porque não pode continuar assim".
"Aquele que vê um jogo de futebol, escreve calúnias racistas e segue impune. E as pessoas não ligam, como se fosse impossível intervir. E, em vez disso, sim é possível. Se acontecer em um estádio ou circuito, o ofensor precisa ser expulso imediatamente. Se você permitir que continue, você está o acobertando".
Hamilton destacou o trabalho que vem desenvolvendo junto com a Mercedes nessa área.
"[Me orgulha] que haja um compromisso sério, um controle contínuo também dos parceiros com que trabalhamos, para tornar o esporte mais inclusivo. Garantir a presença de mulheres e minorias. Mas uma coisa é falar, a outra é agir. São duas fases distintas".
"Estou apenas tentando dar minha contribuição, encontrar uma maneira de transmitir mensagens. Para ter certeza de que meus sobrinhos, e os de sua geração, não vivam o que temos. Que encontrem um mundo mais aberto".
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