Hamilton ignorou ordens para não tentar fazer a volta mais rápida
Britânico ignorou uma mensagem da Mercedes pedindo para ele não se arriscar em tentar fazer a melhor volta da prova, no final do GP da França

No final da corrida do GP da França de Fórmula 1, os engenheiros da Mercedes avisaram Lewis Hamilton que Sebastian Vettel faria uma parada para colocar pneus novos e tentar fazer a volta mais rápida da prova. Mais tarde, voltaram a alertar o britânico de que o piloto da Ferrari estava em volta rápida. No entanto, contrariando as recomendações, Hamilton acelerou e tentou superar a marca do rival.
Apesar de estar com pneus duros e usados, com mais de 29 voltas, Hamilton conseguiu fechar a última volta em 1min32s764. Logo em seguida, Vettel fechou sua volta usando pneus macios novos, em 1min32s740, apenas 2 centésimos mais rápido que o adversário.
Hamilton disse que o resultado é uma boa lembrança de que ele e a Mercedes precisam sempre buscar o melhor desempenho e bater os rivais.
“Eu acho que você nunca deveria desistir, nunca ser complacente e deve sempre acreditar que é possível”, disse o britânico quando questionado pelo Motorsport.com. “Havia um ponto extra disponível. Naturalmente a equipe não podia saber como eu estava sentindo o carro, mas eu sentia como se eu ainda tivesse mais um pouco para tirar dos pneus, e era para apenas mais uma volta”.
“Eu estava pensando: ‘vou acelerar para conseguir a melhor volta, caras, vamos lá’. Mesmo durante a volta eles estavam me dizendo ‘Não se preocupe, ele tem novos pneus, não tem como você batê-lo.’ Sendo o piloto louco que sou, eu pensei que talvez eu conseguisse tomar a melhor volta dele”.
“Eu não percebi que seria tão perto, havia coisas que eu podia ter feito para fazer acontecer. Eu não acho que ele tenha feito a volta perfeita, não acho que ele tenha usado toda a potência, ou algo assim. Eu acho que isso foi um aprendizado para nós, para nunca tomarmos as coisas por garantido e continuar acelerando”.
A explicação de Hamilton é suportada pelas conversas de rádio com seu engenheiro, Peter Bonnington. Confira abaixo:
Hamilton começa a volta final
Engenheiro: Vettel colocou pneus para a volta mais rápida, então não vamos nos incomodar em tentar superá-lo.
Enquanto Hamilton chega na reta oposta, claramente em uma volta rápida
Engenheiro: Vettel está com pneus macios, então deve baixar de 1min31s.
Hamilton: Ouvi você cara, mas se ele não fizer a volta, talvez eu consiga.
Após a corrida, indo para a área do pódio.
Hamilton: Valia a tentativa, na última volta.
Engenheiro: É, copiei Lewis, sim, foi muito perto de fato.
Hamilton: Quão próximo?
Engenheiro: Dois centésimos.
Hamilton: Vocês não podem ter uma postura de derrota, sempre temos que buscar as coisas, caras.
Engenheiro: É, apenas dizendo...
Hamilton: Eu poderia ter sido mais rápido, se nós tivéssemos planejado isso adequadamente.
Engenheiro: Sim, copiei, foi uma lição para nós.
Vettel admitiu que ele esperava ir mais rápido, mas insistiu que não foi desencorajado pelo que Hamilton poderia fazer.
“Não fui rápido o suficiente!”, disse o alemão. “Eu fiquei surpreso comigo mesmo. Tentei ir o mais rápido que podia. Depois que tudo parecia certo, a volta mais rápida foi em apenas 1min33s5, Lewis fez uma volta muito forte no fim".
“Eu só posso assumir que ele estava administrando durante a corrida, antes de ir para a volta rápida. A degradação dos pneus foi lenta, especialmente nos duros, então ele foi capaz de fazer uma volta muito forte no final. Mas sim, foi apertado”.
“Nós tínhamos um pequeno problema com a bateria, então talvez não tenha sido 100% ideal. Eu dei uma olhada rápida na comparação de voltas rápidas e vi que a volta inteira foi muito perto. Então, desencorajante, não. Não mais ou menos do que a falta de velocidade que temos visto em algumas corridas”.
Veja as imagens do GP da França de F1:
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