Hill compara Senna e Prost: "Tinham maneiras muito diferentes de trabalhar"
Damon Hill teve duas lendas da Fórmula 1 entre seus companheiros de equipe no início de sua trajetória na categoria: Alain Prost e Ayrton Senna
Damon Hill recorda de sua carreira agitada e incomum na Fórmula 1. Filho do bicampeão da categoria Graham Hill, só entrou na F1 aos 31 anos e teve que se firmar correndo ao lado de Alain Prost na Williams, em 1993. No ano seguinte, já teve como companheiro de equipe Ayrton Senna, nas últimas corridas antes da morte do brasileiro.
"Na minha experiência, só posso dizer que os dois funcionaram de maneira muito diferente", analisou Hill em entrevista ao portal alemão Auto Motor und Sport.
Enquanto Hill conquistou sua primeira vitória na F1 no GP da Hungria de 1993, Prost era o grande favorito daquele ano, mesmo voltando à categoria após um ano afastado. Ele era claramente o número 1 na equipe britânica e já começou a temporada vencendo. Por ser novato, Hill afirmou que aproveitou o momento para aprender muito com o veterano.
"Ele era calmo. Fazia tudo com cuidado. Era muito educado e nunca bati na mesa. Ele apenas fazia seu trabalho, entrava na pista e dava voltas", recorda Hill sobre seu primeiro ano na Williams.
Hill conquistou três vitórias e subiu ao pódio em outras sete etapas, terminando em terceiro no mundial. Como companheiro de equipe, Prost foi muito "sociável", segundo o britânico. Depois que o francês terminou sua carreira após a conquista do quarto mundial, Hill passou a ter outro campeão como companheiro de equipe: Ayrton Senna.
Em 1994, o clima na equipe mudou. O carro era um "animal", lembra Hill. E seu novo companheiro de equipe não era tão acessível. "Ele era muito formal, mas também era muito ocupado. Ele costumava estar sempre com a testa franzida e queria entender tudo. Ele queria conhecer a Williams primeiro".
Senna dirigiu pela McLaren por seis anos e conquistou três títulos mundiais com a equipe, mas teve que se acostumar com as mudanças e entender a equipe de Frank Williams. Após o início de temporada longe do desejado, com dois abandonos nas duas primeiras provas do ano, o piloto brasileiro ficou ainda mais preocupado.
"Ele ficou muito preocupado", disse Hill. "Mas ele se dava bem comigo, mesmo que tivesse um pé atrás. Um pé atrás sem nenhum motivo". Porque Senna deveria ser o número 1 da equipe e lutar pelo título mundial. Após o acidente em Ímola, essa função passou a ser de Hill.
Comparando os eternos rivais, a conclusão de Hill é: "Os dois eram personagens muito diferentes. Ayrton foi mais agressivo no estilo de pilotagem".
GALERIA: Relembre a história do capacete de Ayrton Senna
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