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Honda nega necessidade de mudanças no programa de F1

Fabricante japonesa insiste que operação na categoria não precisa sofrer alterações e diz que parceria com McLaren começa a apresentar resultados

Jenson Button, McLaren MP4-30
Fernando Alonso, McLaren MP4-30
Fernando Alonso, McLaren MP4-30
Fernando Alonso, McLaren MP4-30
McLaren Honda truck no paddock
Fernando Alonso, McLaren MP4-30
Jenson Button, McLaren Honda
Jenson Button, McLaren Honda
Jenson Button, McLaren Honda
Fernando Alonso, McLaren Honda
Jenson Button, McLaren Honda
Fernando Alonso, McLaren Honda

Após o GP da Grã-Bretanha, declarações deixaram no ar a sensação de que a falta de progresso e de resultados significativos estavam levando a relação entre McLaren e Honda ao limite da paciência.

No entanto, Yasuhisa Arai, chefe de competições da Honda, acredita que a parceria está no caminho certo para dar um passo à frente, especialmente agora que os japoneses podem começar a trabalhar na performance da unidade de potência.

“Creio que obtivemos progressos nas duas áreas, mas a aerodinâmica leva mais tempo para ser avaliada. Precisamos de mais dados para entender o novo pacote aerodinâmico. Estamos melhores a cada corrida. Quanto à unidade de potência, não tivemos preocupações durante o GP da Grã-Bretanha, acho que conseguimos resolver os problemas de confiabilidade. Após Silverstone, podemos focar na performance”, disse o dirigente ao Motorsport.com

Sem necessidade de mudanças

Na última semana, a equipe inglesa sugeriu que a Honda repensasse sua filosofia na F1, contratando pessoal de outras empresas ou que usasse a ajuda oferecida por Woking.

Arai, apesar de afirmar que há muitas conversas com a McLaren sobre os propulsores e reiterar que o relacionamento entre as duas partes é bom, está certo de que não há necessidade de mudanças nesse sentido.

“Discutimos (o assunto) com a McLaren e chegamos a uma decisão conjunta sobre o tema do gerenciamento dos motores. É uma questão importante e, após uma longa reunião, decidimos trabalhar em conjunto. Por outro lado, é difícil para a McLaren nos ajudar diretamente. Ideias serão sempre bem-vindas, já conversamos bastante. Temos um bom relacionamento”, ponderou, explicando em seguida os motivos pelos quais contratar pessoas que trabalham em outras empresas não traria resultados imediatos.

“É algo complicado, pois temos nossos métodos. Cada fabricante tem os seus, então mesmo que encontrássemos um especialista neste exato momento, a adaptação dessa pessoa aos nossos métodos seria difícil. Levaria um ou dois anos (para a novidade surtir efeito)”, observou.

Pressão sobre a McLaren

Se por um lado a McLaren pressiona a Honda por melhorias na unidade de potência, por outro a fabricante japonesa também pressiona a esquadra britânica pedindo evoluções no carro.

“Sempre há pressão sobre a Honda, não apenas a que vem da McLaren. Também somos pressionados por nossa chefia, é algo normal. E também pressionamos (a equipe): avancem na questão aerodinâmica. Temos pouca pressão aerodinâmica no momento, os pilotos não conseguem acelerar como gostariam nas saídas de curva. Perdemos tempo de volta, nossa velocidade final é ruim se comparada aos times de ponta, precisamos de mais tração. Se a aerodinâmica evoluir, seremos mais competitivos”, pontuou.

Semanas fundamentais

Como a Honda dá os problemas de confiabilidade praticamente como resolvidos, o próximo mês será crucial para definir a estratégia de desenvolvimento em busca de mais performance, segundo Arai.

“As próximas semanas serão fundamentais para nós. É interessante poder trabalhar o lado da performance e tecnologia para verificar o quanto ganharemos, o que poderemos fazer após as férias de verão. Um passo de cada vez, algumas áreas demandam mais tempo do que outras. Por isso precisamos pensar muito bem antes de decidir como utilizar os tokens”, encerrou.

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Jonathan Noble
Fórmula 1
McLaren
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