Horner: “Motores híbridos não fizeram nada positivo para F1”
Chefe da Red Bull critica atual regulamento e espera que categoria reveja sistema de punições após fiasco visto no GP da Itália
O chefe da Red Bull, Christian Horner, planeja uma nova tentativa de descartar as regras que limitam três motores por piloto ao longo de toda a temporada de 2018, tendo em vista a confusão que aconteceu para o grid de largada do GP da Itália.
A F1 se viu criticada pelos fãs antes da prova em Monza, quando nove dos 20 pilotos sofreram punições tanto por trocas de peças de motor quanto de câmbio.
A situação criou rumores de que as coisas podem ficar ainda pior no futuro, quando as regras ficarão ainda mais restritas. No ano que vem, cada piloto poderá usar apenas três motores ao longo da campanha.
No início do ano, Horner tentou convencer o Grupo Estratégico da F1 a abandonar o plano e manter a atual situação, que estabelece quatro motores por ano. Contudo, seus esforços não receberam o apoio necessário.
Mas, após o ocorrido em Monza, Horner afirmou que levará o assunto nas próximas reuniões do Grupo Estratégico, nas próximas semanas.
Para ele, deveria ser uma prioridade para a F1 a mudança para lidar de forma diferente com os complicados V6 turbo híbridos.
“Acho que esse motor não fez nada de positivo para a F1 desde que foi introduzido”, disse Horner, que vem sendo um crítico de longa data dos propulsores que estrearam na categoria em 2014.
“O que me preocupa é que teremos três motores [por ano] para o ano que vem, sendo que haverá mais corridas [21]. E, para mim, isso deve estar em primeiro lugar na pauta da reunião do Grupo Estratégico.”
“Eu tentei mudar isso em um encontro no início do ano, mas não houve suporte. Eu espero que haja agora um resultado diferente, com as equipes se vendo à beira de ainda mais punições até o fim do ano.”
Novas punições
Além de descartar a regra que impõe três motores por ano, Horner acredita que as equipes devem pensar seriamente em um novo sistema de punições no grid, com a atual estrutura sendo impopular tanto dentro do esporte como com os fãs.
“Para nós, é difícil entender. Até mesmo quando íamos ao grid estávamos tentando descobrir se éramos 12º ou 13º, porque [Sergio] Pérez teve uma punição, mas não sabíamos se ele a recebeu antes ou depois dos outros. É confuso demais.”
“Acho que é preciso haver uma séria análise para ver se há uma melhor forma de punir um fabricante ou equipe que não seja bagunçando o grid. Acho que só vai piorar. Será uma pena se este campeonato for decidido em punições no grid.”
Falsa economia
A ideia de reduzir o número de motores usados por ano tinha originalmente a intenção de ajudar na redução de custos. Contudo, as fabricantes estão percebendo que, ao desenvolver componentes com longa vida útil (e testá-los em dinamômetro) não é algo barato.
“O propósito disso tudo é salvar custos, mas, claro, isso não nos faz economizar. Os motores fazem um passeio pelo mundo de qualquer forma. Eles são usados e você está sofrendo punições como resultado”, disse Horner.
“Talvez tenhamos que voltar a um número equilibrado – talvez cinco motores é o número correto em fez de reduzir de quatro para três.”
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