Ímola: a corrida em homenagem a Senna organizada por Vettel e com presença de Hamilton, Verstappen, Alonso e brasileiros
Veja imagens do tributo feito por iniciativa de 'Seb', com presença de Drugovich, Bortoleto e Fittipaldi, e que lembrou de Ratzenberger; Vettel se emociona
As atividades de mídia da Fórmula 1 antes do GP da Emilia Romagna, realizadas nesta quinta-feira em Ímola, foram marcadas por corrida a pé promovida pelo alemão Sebastian Vettel, tetracampeão da F1, em homenagem ao lendário Ayrton Senna, cuja morte na pista italiana fez 30 anos no último 1º de maio.
O brasileiro tricampeão mundial foi homenageado também com a presença de outros multicampeões da elite global do esporte a motor, como o inglês Lewis Hamilton, o holandês Max Verstappen e o espanhol Fernando Alonso. Além disso, pilotos do Brasil: Felipe Drugovich, Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi.
GALERIA: Fotos do tributo a Ayrton Senna e Roland Ratzenberger em Ímola
Outro destaques dos tributos a Senna ficou por conta de Pierre Gasly, que recentemente pilotou a Toleman guiada por Ayrton em 1984. Além disso, o francês é um dos pilotos com capacete especial em homenagem a Senna em Ímola -- os 'brazucas' da F2, Bortoleto e Fittipaldi, fazem parte desta lista.
Vettel, por sua vez, também terá a honra de pilotar a McLaren de Ayrton em 1993. Antes, porém, o alemão organizou a corrida a pé em tributo a Senna: a atividade começou na linha de largada/chegada do circuito e com uma pausa para homenagens no memorial para Ayrton na curva Tamburello. Veja foto:
Todos os pilotos de F1, F2 e F3 foram convidados para participar e usar camisetas com a inscrição #FOREVERSENNA, que depois serão leiloadas. A verba arrecada será destinada ao Instituto Ayrton Senna e à V5 Projects, instituição fundada por 'Seb' - o germânico, aliás, é dono da McLaren supracitada.
O Motorsport.com conversou com Vettel nesta quinta-feira em Ímola e ele destacou a importância não só de celebrar o legado de Ayrton e Roland Ratzenberger (austríaco que também morreu após acidente durante o fim de semana de Ímola-1994), mas também de aumentar a segurança no automobilismo.
“Nunca é o suficiente. As velocidades são altas e, portanto, o perigo ainda existe e ainda é perigoso. Mas acho que depois daquele fim de semana horrível, os pilotos realmente se reuniram, se levantaram, e Michael [Schumacher] estava pressionando muito para que a GPDA (sigla em inglês para a Associação de Pilotos de GP) se reunisse e pressionasse a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a F1 para tornar as pistas mais seguras.
“Todos os pilotos 'se beneficiam' desse fim de semana, por mais engraçado que possa parecer. Mas foi um passo importante para impor padrões e medidas de segurança. Houve mais de 10 anos antes daquele fim de semana em que a F1 não havia perdido um piloto. Estive numa situação semelhante em 2014 (GP do Japão), naquele acidente em que Jules Bianchi (francês da Marussia) acabou pagando o preço com a vida."
“Isso levanta muitas questões e, obviamente, se você olhar o que aconteceu e o que foi implementado depois disso, não deveriam ser necessários esses eventos (mortes) para fazer isso, então sim, a entrega [de mais segurança] nunca é rápida o suficiente. Mas acho que é bom que, depois de momentos tão sombrios, nos reunamos e tentemos acelerar as coisas, mesmo que você possa pensar que as coisas estão tão seguras quanto possível.”
“Foi um momento muito, muito sombrio, mas obviamente eu fui um dos pilotos que se beneficiou das implicações quando isso aconteceu. E certamente, como piloto, fiquei mais inspirado pelo sucesso que ele (Senna) teve. Por ter o privilégio de trabalhar com pessoas que trabalharam com ele, inspirando-se em como ele era e no que o tornava tão especial no carro. Uma coisa são os números -- quantas vitórias, quantas poles, quantas corridas... -- mas há mais que isso, e há mais no homem do que 'só' o sucesso."
“Especialmente fora da pista. O personagem que ele era e o significado que ele teve no Brasil e para o povo brasileiro da época provavelmente não têm paralelo no Brasil. Mas também é muito raro que a figura não só cresça até atingir tanta popularidade, mas também assuma esse papel e tente inspirar o país e as pessoas a chegarem a um lugar melhor", seguiu Vettel, antes de complementar sobre o legado de Ayrton.
"Olhar para a promoção da educação, quando se trata de crianças, e para tentar combater a pobreza -- penso que há muitas coisas em que se pode inspirar e, portanto, é ainda mais trágico que a história dele tenha terminado naquele fim de semana, pois penso teria havido mais na pista e fora dela", finalizou.
Com colaboração de Jose Carlos de Celis
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