Fórmula 1 GP da Emilia Romagna

Ímola: a corrida em homenagem a Senna organizada por Vettel e com presença de Hamilton, Verstappen, Alonso e brasileiros

Veja imagens do tributo feito por iniciativa de 'Seb', com presença de Drugovich, Bortoleto e Fittipaldi, e que lembrou de Ratzenberger; Vettel se emociona

Lance Stroll, Aston Martin F1 Team, Esteban Ocon, Alpine F1 Team, Yuki Tsunoda, Visa Cash App RB F1 Team, Pierre Gasly, Alpine F1 Team, Carlos Sainz, Scuderia Ferrari, Stefano Domenicali, CEO, Formula One Group, Sebastian Vettel, Nico Hulkenberg, Haas F1 Team, Max Verstappen, Red Bull Racing, Zhou Guanyu, Stake F1 Team Kick Sauber, George Russell, Mercedes-AMG F1 Team, stand on the grid in memory of Ayrton Senna and Roland Ratzenberger

As atividades de mídia da Fórmula 1 antes do GP da Emilia Romagna, realizadas nesta quinta-feira em Ímola, foram marcadas por corrida a pé promovida pelo alemão Sebastian Vettel, tetracampeão da F1, em homenagem ao lendário Ayrton Senna, cuja morte na pista italiana fez 30 anos no último 1º de maio.

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O brasileiro tricampeão mundial foi homenageado também com a presença de outros multicampeões da elite global do esporte a motor, como o inglês Lewis Hamilton, o holandês Max Verstappen e o espanhol Fernando Alonso. Além disso, pilotos do Brasil: Felipe Drugovich, Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi.

GALERIA: Fotos do tributo a Ayrton Senna e Roland Ratzenberger em Ímola

Os pilotos dos paddocks de Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3 estão na grelha em memória de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger
Max Verstappen, Red Bull Racing, Zhou Guanyu, Stake F1 Team Kick Sauber, George Russell, Mercedes-AMG F1 Team, Charles Leclerc, Scuderia Ferrari, Alex Albon, Williams Racing, Sergio Perez, Red Bull Racing, Sebastian Vettel, Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1
Fernando Alonso, Aston Martin F1 Team, Lando Norris, McLaren F1 Team, antes da corrida em memória de Senna
Daniel Ricciardo, Visa Cash App RB F1 Team, Sergio Perez, Red Bull Racing, Stefano Domenicali, CEO, Formula One Group, Lance Stroll, Aston Martin F1 Team, Esteban Ocon, Alpine F1 Team, Charles Leclerc, Scuderia Ferrari, antes da corrida em memória de Senn
Fernando Alonso, Aston Martin F1 Team, Sergio Perez, Red Bull Racing, antes da corrida em memória de Senna
Lance Stroll, Aston Martin F1 Team, Esteban Ocon, Alpine F1 Team, antes da corrida em memória de Senna
Lance Stroll, Aston Martin F1 Team, Esteban Ocon, Alpine F1 Team, Yuki Tsunoda, Visa Cash App RB F1 Team, Pierre Gasly, Alpine F1 Team, Carlos Sainz, Scuderia Ferrari, Stefano Domenicali, CEO, Formula One Group, Sebastian Vettel, Nico Hulkenberg, Haas F1
Lando Norris, McLaren F1 Team, Mike Krack, Chefe de Equipa, Aston Martin F1 Team, Fernando Alonso, Aston Martin F1 Team, James Vowles, Chefe de Equipa, Williams Racing, Lance Stroll, Aston Martin F1 Team, Daniel Ricciardo, Visa Cash App RB F1 Team, Esteba
Fernando Alonso, Aston Martin F1 Team, Juan Pablo Montoya antes da corrida em memória de Senna
Yuki Tsunoda, Visa Cash App RB F1 Team, antes da corrida em memória de Senna
Fernando Alonso, Aston Martin F1 Team, na garagem
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Outro destaques dos tributos a Senna ficou por conta de Pierre Gasly, que recentemente pilotou a Toleman guiada por Ayrton em 1984. Além disso, o francês é um dos pilotos com capacete especial em homenagem a Senna em Ímola -- os 'brazucas' da F2, Bortoleto e Fittipaldi, fazem parte desta lista.

Vettel, por sua vez, também terá a honra de pilotar a McLaren de Ayrton em 1993. Antes, porém, o alemão organizou a corrida a pé em tributo a Senna: a atividade começou na linha de largada/chegada do circuito e com uma pausa para homenagens no memorial para Ayrton na curva Tamburello. Veja foto:

 

Todos os pilotos de F1, F2 e F3 foram convidados para participar e usar camisetas com a inscrição #FOREVERSENNA, que depois serão leiloadas. A verba arrecada será destinada ao Instituto Ayrton Senna e à V5 Projects, instituição fundada por 'Seb' - o germânico, aliás, é dono da McLaren supracitada.

O Motorsport.com conversou com Vettel nesta quinta-feira em Ímola e ele destacou a importância não só de celebrar o legado de Ayrton e Roland Ratzenberger (austríaco que também morreu após acidente durante o fim de semana de Ímola-1994), mas também de aumentar a segurança no automobilismo.

“Nunca é o suficiente. As velocidades são altas e, portanto, o perigo ainda existe e ainda é perigoso. Mas acho que depois daquele fim de semana horrível, os pilotos realmente se reuniram, se levantaram, e Michael [Schumacher] estava pressionando muito para que a GPDA (sigla em inglês para a Associação de Pilotos de GP) se reunisse e pressionasse a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a F1 para tornar as pistas mais seguras.

“Todos os pilotos 'se beneficiam' desse fim de semana, por mais engraçado que possa parecer. Mas foi um passo importante para impor padrões e medidas de segurança. Houve mais de 10 anos antes daquele fim de semana em que a F1 não havia perdido um piloto. Estive numa situação semelhante em 2014 (GP do Japão), naquele acidente em que Jules Bianchi (francês da Marussia) acabou pagando o preço com a vida."

“Isso levanta muitas questões e, obviamente, se você olhar o que aconteceu e o que foi implementado depois disso, não deveriam ser necessários esses eventos (mortes) para fazer isso, então sim, a entrega [de mais segurança] nunca é rápida o suficiente. Mas acho que é bom que, depois de momentos tão sombrios, nos reunamos e tentemos acelerar as coisas, mesmo que você possa pensar que as coisas estão tão seguras quanto possível.”

“Foi um momento muito, muito sombrio, mas obviamente eu fui um dos pilotos que se beneficiou das implicações quando isso aconteceu. E certamente, como piloto, fiquei mais inspirado pelo sucesso que ele (Senna) teve. Por ter o privilégio de trabalhar com pessoas que trabalharam com ele, inspirando-se em como ele era e no que o tornava tão especial no carro. Uma coisa são os números -- quantas vitórias, quantas poles, quantas corridas... -- mas há mais que isso, e há mais no homem do que 'só' o sucesso."

“Especialmente fora da pista. O personagem que ele era e o significado que ele teve no Brasil e para o povo brasileiro da época provavelmente não têm paralelo no Brasil. Mas também é muito raro que a figura não só cresça até atingir tanta popularidade, mas também assuma esse papel e tente inspirar o país e as pessoas a chegarem a um lugar melhor", seguiu Vettel, antes de complementar sobre o legado de Ayrton.

"Olhar para a promoção da educação, quando se trata de crianças, e para tentar combater a pobreza -- penso que há muitas coisas em que se pode inspirar e, portanto, é ainda mais trágico que a história dele tenha terminado naquele fim de semana, pois penso teria havido  mais na pista e fora dela", finalizou.

Com colaboração de Jose Carlos de Celis

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