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Irritadas com Ecclestone, fabricantes negam cartel na F1

Fornecedoras de motores da Fórmula 1 refutam veementemente declarações de Bernie Ecclestone, que disse que as quatro fabricantes que atuam na categoria agem como um cartel; Christian Horner defende chefão da categoria

Press Conference (From back row (L to R)): Cyril Abiteboul, Renault Sport F1 Managing Director, Eric Boullier, McLaren Racing Director; Gene Haas, Haas Automotion President, Christian Horner, Red Bull Racing Team Principal, Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Shareholder and Executive Director, Maurizio Arrivabene, Ferrari Team Principal.
Christian Horner and Bernie Ecclestone
Bernie Ecclestone, on the grid
Christian Horner, Red Bull Racing Team Principal
Maurizio Arrivabene, Ferrari Team Principal
Maurizio Arrivabene, Ferrari Team Principal
Eric Boullier, McLaren Racing Director with Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Shareholder and Executive Director
Christian Horner, Red Bull Racing Team Principal
Cyril Abiteboul, Renault Sport F1 Managing Director
Monisha Kaltenborn, Sauber Team Principal, Christian Horner, Red Bull Racing Team Principal and Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Shareholder and Executive Director

A temporada 2016 da Fórmula 1 mal começou e a Guerra nos bastidores já é intensa. Bernie Ecclestone, chefão da categoria, disse ao diário britânico Daily Mirror que as fabricantes, especialmente Ferrari e Mercedes possuem muito poder atualmente, acusando-as de atuar como em um cartel.

"É o timo de coisa mais conhecida como cartel, o que é ilegal. Estamos dando andamento a algo ilegal e, no fim das contas algo que vai contra a competição”, disse Ecclestone.

Ferrari e Mercedes não gostaram nem um pouco do que ouviram e rebateram as acusações do dirigente.

“Essa conversa de cartel é ridícula. Cada um faz o próprio trabalho aqui, tentando o melhor. Estamos falando de marcas que possuem longa história e não vão jogar tudo para o alto por causa de um comentário que sequer merece resposta”, disse Maurizio Arrivabene, chefe da Ferrari.

"É estranho, parece que neste mundo você precisa tomar cuidado. Se eu conversar um pouco mais com alguém, se eu jantar com Toto (Wolff) ou Cyril (AbitebouI), estou formando um cartel? É apenas um jantar”, afirmou.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, concordou com Arrivabene e destacou que Ecclestone é perito em criar polêmicas que não devem ser levadas tão a sério.

"Bernie sempre foi bom em criar polêmica. Se formássemos um cartel, não estaríamos sentados aqui. Alguns de nós somos parte de empresas globais e levamos reclamações muito a sério. Isso gera manchetes, mas nada além disso”, disse Wolff.

Ainda que não tenha sido o alvo principal de Ecclestone, Cyril Abiteboul, chefe da Renault, reforçou as palavras dos colegas. "Não concord com essa ideia de cartel, estamos em um abiente extremamente competitivo. No fim do dia, a Ferrari quer vencer a Mercedes e vice-versa. Espero que nossa vez de vencer chegue em breve”, afirmou Abiteboul.

O dirigente da Renault destacou ainda que a falta de mais fabricantes na F1 pode ser explicada pelo lado financeiro. “É preciso entender que poucos possuem recursos financeiros para subsidiar os custos exigidos pela tecnologia atual da categoria, definida pelo regulamento – aceito por todos.”

Horner defende Ecclestone

Por outro lado, Christian Horner, chefe da Red Bull – time que sofreu para encontrar um motor para 2016, sendo um estopim para a frustração de Ecclestone – defendeu o chefão da F1.

"A frustração de Bernie é compreensível, os comentários dele têm início na frustração por ele não ter sido capaz de influenciar uma mudança. A dinâmica atual da F1 mostra que as fabricantes possuem muita força – primeiro, passando pelo regulamento técnico atual e, depois, pela situação do fornecimento das unidades de potência”, disse.

O chefe do time austríaco espera que a categoria encontre uma solução para a situação atual, assim como Ecclestone pede mudanças.

"Nossa situação é diferente da de uma equipe de fábrica. Como time independente, precisamos de um acordo de fornecimento de motores. Há, no momento, um grande debate sobre os custos e o formato disso, além da divergência de performance. Algumas questões, portanto, fundamentais para serem discutidas. Espero que cheguemos a um consenso em um futuro próximo”, completou Horner.

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