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Lauda: uso do Halo “destrói” tentativas de popularizar a F1

Dirigente da Mercedes diz que inovação acaba com o DNA da categoria e mostra preferência para que fosse introduzida uma novidade mais bem elaborada

Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H running the Halo cockpit cover
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS16 with a Halo cockpit cover
Renault Sport F1 Team RS16 with a Halo cockpit cover
Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H with the Halo cockpit cover
Niki Lauda, Non-Executive Chairman, Mercedes AMG F1, talks to Nico Rosberg
Niki Lauda, Mercedes AMG F1 Non-Executive Chairman and Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Director of Motorsport

A decisão da FIA em impor o Halo para a temporada de 2018 da F1 “destruiu” as tentativas de deixar a categoria mais popular, considera o tricampeão mundial Niki Lauda.

A confirmação de que a FIA introduzirá o Halo para o ano que vem, apesar de apenas uma equipe ser a favor, causou muitas críticas por parte de fãs e comentaristas.

Agora, Lauda, cuja equipe, a Mercedes, foi a primeira a desenvolver o conceito, se mostrou irritado com o ocorrido, já que acredita que teria sido melhor guardar o plano e introduzi-lo somente quando houvesse uma inovação com melhor apelo.

“Testamos o Halo, o aeroscreen da Red Bull e a proteção de cockpit escudo. Mas nenhuma delas convenceu 100%”, disse Lauda, à revista alemã Auto Motor und Sport.

“Você precisa tomar a decisão correta em uma situação como essa. E o Halo é a decisão errada.”

Lauda acredita que o momento da decisão também não foi bom, especialmente porque a F1 acabou de iniciar uma série de mudanças para deixar os carros mais belos e introduzir novos fãs.

Ele considera que a introdução do Halo é um passo para trás. “Estamos tentando com carros rápidos e ao nos aproximar com os fãs para atrairmos novos torcedores ao esporte. Mas isso é destruído por essa reação exagerada.”

A opinião de Lauda é que a F1 já é excepcionalmente segura e que teria sido mais inteligente por parte da FIA esperar para encontrar uma solução perfeita em vez de impor algo que não tem apoio de todos.

“O Halo destrói o DNA de um carro de F1. A FIA já deixou a F1 o mais segura possível. Além disso, o perigo de rodas voando já foi bastante diminuído, porque as rodas são presas de forma mais firme. O risco aos pilotos se tornou mínimo.”

“Teria sido mais sensível irmos a uma direção em que não destruísse a aparência do carro e que fosse introduzido em 2019. Simples assim. Não há motivos para fazer algo de que vamos nos arrepender mais tarde.”

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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