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Liberty faz pagamento para ajudar equipes da F1 em meio à crise

O CEO da Liberty, Greg Maffei, confirmou que a F1 adiantou dinheiro de pagamento anual feito às equipes para proteger o esporte

Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, leads Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Sergio Perez, Racing Point RP19, Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, and the rest of the field at the start

Uma das grandes preocupações das equipes da Fórmula 1 durante a paralisação do campeonato é a saúde financeira. As equipes menores dependem do dinheiro vindo da F1 para sobreviver, mas, sem corridas, sem renda. Para garantir a sobrevivência das equipes durante a crise, a Liberty Media confirmou que entregou um auxílio financeiro para as equipes.

Elas vão receber uma porcentagem da renda total da F1, que está sendo impactada com a perda de corridas do calendário. As equipes maiores tem algumas taxas extras garantidas, que foram negociadas durante a era de Bernie Ecclestone, mas estas dependem do lucro contínuo da F1.

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Segundo o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, para ajudar as equipes a sobreviverem durante a crise, algumas receberam pagamentos antecipados.

A F1 está buscando fechar um plano para iniciar a temporada, mesmo que isso signifique corridas com portões fechados, para garantir o dinheiro vindo dos direitos de transmissão e dos patrocinadores.

"Temos cenários que vão de zero corridas até 15 a 18 provas, GPs com portões fechados e apenas com as equipes", disse Maffei em uma ligação com analistas de Wall Street. "Temos várias oportunidades e desafios de todos os lados. Chase e sua equipe têm múltiplas opções".

"Então estamos analisando a abertura para a realização de certos eventos na Europa Ocidental, em alguns países e olhando para as opções para iniciar o calendário. Ainda não temos garantias, mas certamente é algo que vamos buscar".

Maffei destacou que as corridas com portões fechados acabariam afetando a renda da F1 - e, por consequência, das equipes - já que as taxas de realização das provas não seriam as tradicionais.

"Há desafios em torno de como você faz tudo que requer capital adicional. Se você realizar corridas sem público, obviamente o lucro é menor, talvez seja zero. Podemos ter capital suficiente para lidar com isso em 2020, mas há equipes que terão custos, particularmente aqueles que não tem muitas garantias além da F1".

"Existe um certo grau para realizarmos corridas sem lucro, mas eles ainda precisam arcar com os custos de execução dos termos. É um desafio. Por isso precisamos refletir sobre como começamos, isso não é bom apenas para nós, mas para todo o ecossistema".

"Como eu disse, Chase e sua equipe executaram vários cenários. Você está perguntando o que é necessário para que isso aconteça. Não é apenas quando será permitido pelas autoridades, em qual formato, e se será uma corrida com fãs ou com portões fechados, mas também como que isso funciona para as equipes?".

"Já adiantamos dinheiro do pagamento para determinadas equipes. Há casos em que podemos fazer até mais. Há outros em que podemos fazer uma ponte para conectar equipes que precisam de ajuda".

"Certamente, não estamos vendo isso como um cheque em branco. Entendemos que isso é diferente da Live Nation [empresa irmã da F1 do ramo do entretenimento], por exemplo, que adianta dinheiro para os artistas, mas a escala aqui muito maior em termos do que uma equipe exige ou até mesmo da Major League Baseball. A MLB adiantou 170 milhões de dólares para todos os jogadores [das 30 equipes] prevendo as possibilidades de uma temporada parcial ou do cancelamento dela".

"Aqui você tem problemas similares, mas os gastos são maiores entre as equipes. Queremos garantir que as equipes tenham liquidez para garantir sua participação em 2020, 2021, e além".

A novidade da F1 é diferente da vista anteriormente com a MotoGP. Enquanto a Liberty Media está adiantando às equipes uma parte do dinheiro que elas tradicionalmente recebem no final do ano, a Dorna Sports, dona da MotoGP, introduziu um pacote de auxílio financeiro que não tem relação com o acordo financeiro da categoria.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar o GP da Holanda devido às restrições do governo local. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto. O GP da Finlândia, em 12 de julho, é dúvida porque o novo circuito ainda não foi aprovado pela Federação
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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VÍDEO: Os 5 pilotos da F1 que mereciam ter sido campeões e ficaram sem título

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