Massa elege Alonso companheiro de equipe mais difícil: “Sofri muito”
Piloto brasileiro falou sobre poder de espanhol durante período na Ferrari, relatando que ficou abalado psicologicamente por causa da política dentro da equipe
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Felipe Massa teve período marcante em sua carreira na Ferrari, quando guiou para a tradicional escuderia italiana de 2006 a 2013, chegando próximo do título em 2008, na famosa corrida de Interlagos em que ‘foi o campeão’ por 38 segundos, antes que Lewis Hamilton conseguisse o resultado que precisava.
Entre seus companheiros de equipe no time de Maranello, Massa teve Michael Schumacher, Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, o que significa que nunca teve vida fácil na escuderia.
Durante Live no Instagram com o jornalista Reginaldo Leme, o atual piloto da Fórmula E respondeu qual teria sido o companheiro de equipe mais difícil durante passagem na F1.
“Meu companheiro de equipe mais difícil foi o Alonso”, cravou Massa. “Não tiro a importância do Schumacher, mas o Alonso, sem dúvida, tinha o mesmo talento, velocidade e a inteligência do alemão.”
“Schumacher tinha poder dentro da equipe, mas comigo, eu era como um irmão mais novo, enquanto que com o Alonso, a disputa era mais de igual para igual e ele conseguia trazer tudo a favor dele.”
“Ele tinha um talento para trazer as coisas para ele, na força da política, que para mim era mais difícil. Para ficar à frente dele você tinha que fazer a volta perfeita, muitas vezes eu consegui, só que ele conseguia, por exemplo, o melhor momento para parar durante a corrida, a estratégia melhor era a dele e as coisas voltavam para o lado dele.“
Com a preferência indo sempre para o outro lado da garagem, Massa também relatou como isso minou o lado psicológico dentro do time.
“Psicologicamente era difícil, sem dúvida, eu sofri muito, isso me afetou. A primeira corrida de 2010, no Bahrein, eu larguei à frente dele, mas ele fez uma corrida excepcional, ganhou de mim.”
“Na Austrália, choveu, eu cheguei em terceiro e ele em quarto, mas ele veio chegando em mim nas 10 últimas voltas e a equipe mandou eu deixá-lo passar e era a segunda corrida do ano. Eu não deixei, neguei a ordem da equipe e saí liderando o campeonato depois daquela corrida, mas recebendo muita pressão.”
“Na segunda corrida do ano os caras queriam que eu o deixasse passar, isso não estava certo. Então, isso começou a me afetar psicologicamente e piorou naquela corrida da Alemanha em que me mandaram deixar ele passar e eu cumpri, até porque era o correto a ser feito.”
“Então, eu sofri muito mais com o Alonso, não com o trabalho, eu sempre me dei muito bem com ele, mas ele conseguia virar as coisas a seu favor. Com o Kimi, nunca tive esse tipo de problema, mas o Alonso foi o cara com quem sofri mais.”
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