McLaren: Limite de gastos é “único modo” de voltarmos ao topo da F1
Chefe diz que equipe não pode se prender em dar desculpas e precisa focar em tirar o máximo proveito da estrutura que possui
Novo chefe de equipe da McLaren, Andreas Seidl contou ao Motorsport.com que suas principais motivações para se juntar à escuderia foram o comprometimento dos administradores da empresa em levar o time de volta ao topo e o desafio de liderar esta empreitada.
Para chegar ao objetivo, Seidl aponta que a tradicional equipe de Woking precisa aproveitar melhor sua estrutura. Ele também disse que o limite orçamentário será fundamental para desafiar os times de ponta no futuro breve da Fórmula 1.
Entretanto, a McLaren já cansou de esperar: a equipe não vence uma corrida desde 2012 e seu último título foi conquistado por Lewis Hamilton em 2008. Desde então, a escuderia falhou em se reestruturar, tendo como episódio mais marcante de sua história recente a fracassada parceria com a Honda. Esta marca negativa é o que os dirigentes pretendem apagar.
Por isso, Seidl tem priorizado a construção de um novo túnel de vento no quartel general da empresa em Woking, após começar a identificar as fraquezas da equipe desde o início de seu trabalho, em maio.
Nesse sentido, é importante lembrar que a F1 vai introduzir um teto de gastos de $175 milhões de dólares a partir de 2021. A limitação orçamentária será mantida por cinco temporadas e não controlará as despesas com salários de pilotos, marketing e taxas associadas com motores.
“É um fato que nós estamos claramente abaixo do desempenho ideal com as possibilidades que temos, com infraestrutura, orçamento e conhecimento”, disse Seidl ao Motorsport.com. “Nós deveríamos estar melhores. Não gosto de ficar procurando por desculpas constantemente, seja nas regras atuais ou nas diferenças de orçamento de cada equipe. Agora, meu foco é liberar o potencial nas circunstâncias atuais”.
“O próximo passo é que temos a esperança de que tudo caminhará na direção certa com as regras de 2021. Uma coisa é clara: se nós quisermos ser competitivos, precisaremos de igualdade de condições. Para uma equipe como a nossa, o limite de gastos é o único modo de nós podermos voltar a brigar com os três times do topo novamente”, avaliou.
Seidl já trabalhou na F1 anteriormente: há uma década, o dirigente estava na BMW, de modo que acompanhou a saída da equipe da F1 rumo ao DTM (Stock Car alemã). Depois, o alemão trocou a marca pela Porsche, com a função de liderar a montadora no Campeonato Mundial de Endurance (WEC). Neste ano, em vez de assumir a posição de chefe de todas as categorias de esporte a motor da Porsche, Seidl se juntou à McLaren.
“Quando eu decidi vir para a McLaren, Zak Brown (CEO) foi o primeiro a me contatar. Foi imediatamente atrativo para mim me tornar chefe da equipe. E então eu tive uma outra conversa com os proprietários da McLaren e percebi que eles estão realmente determinados a continuar investindo nos próximos anos".
"Eles têm uma visão clara para retornar ao topo da Fórmula 1. Naquele momento, eu estava com a decisão clara de aceitar o desafio. Eu quero liderar este time de volta ao topo, passo a passo, gradualmente”, explicou.
Atualmente, a McLaren está na quarta posição no campeonato de construtores, o que pode representar o melhor resultado do time desde a terceira posição de 2012. Seidl admitiu que o momento de sua chegada foi “perfeito”, já que a McLaren está dando os passos para retornar às antigas glórias.
“A McLaren passou por um período muito difícil nos anos recentes, com resultados realmente ruins”, disse Seidl. “Com a experiência que eu acumulei em minha carreira, eu acho que posso contribuir bastante para continuar com essa tendência positiva que começou no ano passado”.
GALERIA: Relembre todos os carros da McLaren na Fórmula 1
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