McLaren confirma mudança para motores Mercedes a partir de 2021
Equipe britânica e fabricante alemã reeditarão parceria que durou de 1995 a 2014 na Fórmula 1
Conforme adiantado pelo Motorsport.com, a McLaren confirmou que voltará a ter motor Mercedes a partir da temporada 2021 da Fórmula 1. O acordo durará pelo menos até o campeonato de 2024. A dupla volta a reeditar parceria que durou de 1995 até 2014, quando houve a mudança para as unidades de potência da Honda. Atualmente, a Renault impulsiona os carros da escuderia britânica, mas a fabricante francesa deverá equipar apenas os carros de sua própria equipe a partir de 2021.
Renault e McLaren uniram forças em um "casamento de conveniência" acordado em 2017, depois que o time de Woking decidiu deixar a Honda no fim da temporada. Como a Toro Rosso e a Red Bull migraram para a unidade de potência japonesa, a McLaren se tornou a única cliente da Renault em 2019. A montadora francesa, porém, deverá ser a única a fabricar motores para apenas uma equipe em 2021.
Ao discutir um novo acordo, a Renault estava ansiosa por buscar uma cooperação mais estreita com a McLaren, na tentativa de reduzir custos e ajudar as duas equipes a progredir enquanto competiam contra equipes.
No entanto, a McLaren preferiu manter um contrato direto de fornecimento de motores. Além disso, a posição das duas equipes como rivais diretas na pista neste ano também teve um papel na decisão confirmada neste sábado.
A mudança significa que a Mercedes fornecerá motores para quatro equipes pela primeira vez desde 2017, quando impulsionava a Manor. Em 2021, além da própria escuderia da montadora alemã, Racing Point, Williams e McLaren terão as unidades de potência germânicas.
"Este acordo é um passo importante em nosso plano de longo prazo para retornar ao sucesso na F1", disse Zak Brown, CEO da McLaren. “A Mercedes é a referência, tanto em equipe quanto em uma unidade de potência, por isso é natural procurarmos garantir um relacionamento com a empresa para a próxima fase de nossa jornada”.
"Este anúncio reflete a confiança de nossos acionistas e é uma mensagem importante para nossos investidores, funcionários, parceiros e fãs de que estamos comprometidos em devolver a McLaren ao topo do pelotão", completou Brown.
GALERIA: Relembre todos os carros da McLaren na história da Fórmula 1
"Embora as duas marcas compartilhem uma história de prestígio, este novo acordo tem tudo a ver com o futuro e o início de uma nova era de fornecimento de unidades de potência para os próximos anos", disse Toto Wolff, chefe da Mercedes.
“A McLaren vem colocando em prática os elementos básicos de seu renascimento nas últimas temporadas, incluindo performances impressionantes nesta temporada com a potência do motor da Renault”.
"Esperamos que este novo acordo de longo prazo seja outro marco para a McLaren, pois eles pretendem elevar a luta contra as principais equipes do esporte, incluindo nossa escuderia de fábrica da Mercedes”, completou Wolff.
Renault
O chefe da Renault F1, Cyril Abiteboul, falou ao Motorsport.com sobre a perda de seu único cliente. "Desde que nossa parceria começou, a McLaren passou da nona para a quarta posição no Campeonato de Construtores", disse ele.
“Portanto, podemos considerar esse relacionamento muito bem-sucedido. No entanto, ao olhar além dos termos do contrato atual, que termina no final de 2020, era evidente que a Renault e a McLaren têm ambições diferentes para o futuro”.
“Cada um dos diferentes elementos dessa decisão foi cuidadosamente avaliado nas últimas semanas. O ano de 2021 será uma temporada crucial para todas as equipes e é importante que tenhamos uma visão precisa e clara das forças e ambições de nossos concorrentes no futuro. Essa decisão está alinhada à visão da Renault de retornar ao pelotão da frente”.
"A Renault continuará honrando seus compromissos com a McLaren F1 Racing na próxima temporada, como sempre foi o caso em nossa longa história de fornecimento de motores”, completou Abiteboul.
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