Menos politicagem e mais “corrida pura”: objetivos de Mekies para Red Bull na F1
Chefe de equipe afirmou que é importante que a escuderia austríaca se concentre exclusivamente na pista e seja “respeitosa” com rivais
Embora a disputa pelo título de 2025 da Fórmula 1 tenha sido decidida na última corrida em Abu Dhabi, a tensão no paddock era completamente diferente da de 2021. Quatro anos atrás, a atmosfera entre a Red Bull e a Mercedes era, por vezes, hostil, embora Max Verstappen tenha levado um pergunta sobre o tema na brincadeira, no final de 2025. Um dos fatores para a diminuição do clima de 'guerra'? O novo chefe de equipe Laurent Mekies.
“Bem, hostil, hostil... Ninguém chegou a se agredir, certo? Eu não achei hostil,” brincou o tetracampeão. “Hostil é uma palavra bastante extrema. Foi apenas uma competição muito acirrada e o fato de que as duas equipes não se gostavam naquele momento é outra história. Mas, hostil é outra coisa".
No entanto, houve inúmeros jogos políticos entre o então chefe da Red Bull, Christian Horner, e o colega da Mercedes, Toto Wolff. Mas, na batalha da Red Bull contra a McLaren, a tensão diminuiu muito, embora no final do ano passado e no início desta temporada ainda houvesse algumas insinuações sobre asas flexíveis e água nos pneus - às quais Zak Brown respondeu com uma piada estampada em uma garrafa.
Desde o meio do ano, essa polêmica praticamente desapareceu. Isso ficou claro durante a coletiva de imprensa de sexta-feira antes do GP de Abu Dhabi, onde Brown e Laurent Mekies, que substituiu Horner em julho, apareceram juntos.
A atmosfera estava notavelmente amigável - apesar da decisão do título no fim de semana. Outro sinal da mudança de tom foi o chamado “tape gate”, após o qual Mekies afirmou rapidamente que a Red Bull pararia de remover a fita de Lando Norris do muro da largada. E essa mudança parece ser em parte graças ao francês, embora ele não queira levar crédito por isso.
“Não sei se você quer chamar isso de [a Red Bull estar] no limite [antes] ou não. Acho que tivemos uma luta muito forte, mas foi uma luta justa e limpa. É assim que queremos correr. Nós levamos tudo ao limite, mas certamente respeitamos a competição,” disse.
“Quando se trata de justiça esportiva e respeito à competição, acreditamos que podemos fazer ambos: estar no limite máximo e ser respeitosos com os concorrentes. O esporte é uma batalha entre gigantes, e nos sentimos muito fortes nessa luta, e respeitamos nossos competidores".
A Red Bull também se beneficia dessa abordagem?
Oscar Piastri, McLaren, Max Verstappen, Red Bull Racing
Photo by: Zak Mauger / LAT Images via Getty Images
Segundo Mekies, essa abordagem não é apenas para lidar com os rivais - também beneficia a Red Bull internamente. A ideia implícita é ter menos distrações e menos ruído do que antes.
“Deixe-me explicar assim: é um ambiente incrivelmente competitivo e acreditamos que, para ser competitivo aqui, você também precisa gostar do que está fazendo. Trabalhamos duro, nos divertimos muito, esse é o espírito Red Bull", afirmou.
“Tudo o que fizemos foi garantir que nós, como grupo, pudéssemos nos concentrar na corrida pura e não nos distrairmos demais com o ruído ao redor. E fazer o que amamos fundamentalmente, que é tentar fazer esses carros irem mais rápido na pista. Então é isso mesmo. Concentrar-se no que amamos fazer, pressionar mais do que qualquer outro e tentar aproveitar o processo".
Isso combina com sua formação em engenharia. Mekies quer trabalhar de forma sistemática e focar apenas nas coisas que tornam o carro mais rápido. Jogos políticos não se encaixam necessariamente nisso, por isso agora parecem ter um papel menor dentro da Red Bull do que antes. Mas essa tendência não se limita à equipe taurina.
Com cada vez mais engenheiros assumindo o papel de chefe de equipe - McLaren com Andrea Stella, Ayao Komatsu na Haas e agora Adrian Newey na Aston Martin - a polêmica pública parece estar desaparecendo cada vez mais.
Wolff brincou em Zandvoort que a F1, para seu entretenimento, ainda precisa de “idiotas” como chefes de equipe, mas essa guerra verbal esteve muito menos presente na segunda metade de 2025 do que costumava ser.
MARKO FORA da RED BULL, Norris CALA BOCAS, BAND na F1, Max MAIOR e ano de BORTOLETO | TIAGO MENDONÇA
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