Mercedes enfrenta dilema para manter domínio a partir de 2021

As principais reformulações das regras da Fórmula 1 que chegarão no próximo ano significam que as equipes precisam conciliar o desenvolvimento de seus carros em 2020, além de um trabalho intenso em seu futuro.

A situação também é ainda mais complicada com a chegada de um limite de custos em 2021, o que significa que há um limite para os gastos que eles poderão fazer no futuro.

Leia também:

Nesse cenário, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, diz que a maneira que as equipes enfrentarão 2020 será fundamental para decidir os próximos dois títulos mundiais.

"O campeonato deste ano é de dois anos", disse ele, falando durante o anúncio de patrocínio com a INEOS. "Não se trata apenas de 2020 com os regulamentos atuais.”

"Há uma mudança regulatória tão grande para 2021, que equilibrar sua alocação de recursos será crucial em termos de quanto em 2020 e quanto você está colocando no carro de 2021.”

"Obviamente, a curva de aprendizado e o desenvolvimento é muito mais acentuado no começo. Portanto, se você errar e estiver com meses de atraso, poderá ficar meio segundo atrás. E esse é um desafio que adotamos no passado depois de duas mudanças regulatórias."

Enquanto a Mercedes vem do sexto título bem-sucedido da F1, Wolff diz que seus níveis de motivação ainda estão tão altos quanto antes.

"Todos os anos tentamos definir os objetivos certos e os entendidos em toda a organização", afirmou.

"Eu acho que é tão importante acordar com um propósito. E não vejo falta de motivação e propósito dentro da organização.”

"A dor de perder é muito mais intensa e dura muito mais do que a alegria de vencer. E é isso que nos impulsiona fortemente. O simples pensamento de perder faz você esquecer todas as suas conquistas anteriores."

Ele acrescentou: "O recorde do ano passado não nos dá crédito para o campeonato de 2020. Então, todos os tempos da volta, todos os pontos vão a zero e estamos mais uma vez diante de outro desafio."

"De certa forma, há uma razão pelos seis títulos. Porque é muito difícil. E queremos ainda mais."