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Fórmula 1 GP da Hungria

Mesmo sem melhoras, Barrichello vê possibilidade de marcar pontos

Em circuito que favorece a Williams, brasileiro fala dos problemas de desenvolvimento do carro e da renovação de seu contrato

Barrichello crê que Williams pode ter final de semana bom em Hungaroring

Vendo uma clara possibilidade de pontuar na Hungria, Rubens Barrichello está animado para o final de semana. Porém, segue cobrando a Williams para que o carro tenha, de fato, melhoras na pista, em um ano no qual a equipe supera apenas Hispania, Virgin e Lotus no Mundial de Construtores. Para o TotalRace, o piloto comentou ainda sobre as negociações para a renovação de seu contrato.

“A gente tem uma pista de baixa velocidade, como Mônaco. Parece-me que teremos três ou quatro paradas, mas falo isso antes de andar com o pneu. Se esse cenário realmente acontecer, a chance de pontos existe. Temos de partir com essa ideia.”

Mesmo que a pista favoreça a Williams, Barrichello lembra que o carro não vem melhorando no ritmo que deveria. O piloto credita isso à má correlação entre os dados do túnel de vento e da pista.

“O que precisa melhorar de cara é a saída do túnel de vento para a pista. Não adianta falar que o carro é melhor no túnel de vento, voltar para a fábrica e dizer que a peça não tem problema quando, na verdade, a leitura não está nos satisfazendo na pista. E é lá que se faz os pontos, não na fábrica.”

Barrichello revelou que a Williams ainda não conseguiu encontrar a solução definitiva para o problema de altura do carro, que vem atormentando a equipe desde o início do ano.

“A gente teve vários problemas. A altura do carro começou o ano muito acima do que a gente testou, algo que não conseguimos recuperar como era nos testes, mesmo que tenha melhorado. O fato é que, como saímos perdendo, as outras equipes melhoraram demais e o nosso processo continua muito lento.”

O brasileiro afirma que acaba perdendo muito tempo nos treinos livres para fazer avaliações das peças, muitas vezes tendo de voltar a configurações antigas para comparar dados.

“Temos uma equipe que produz muitas peças, mas quando chega na pista, a melhora não existe. Um time assim demora muito para evoluir, porque temos de fazer os tais back-to-back. Testamos as peças do início do ano para saber onde está o carro, se existe uma melhora, porque muda de pista para pista. Passamos a sexta-feira fazendo isso. Dependendo do lugar, conseguimos acertar e temos um final de semana bom, mas na maioria das vezes temos sofrido.”

Sobre seu futuro, Barrichello disse que não houve avanços no último GP, em Nürburgring.

“A gente não teve tempo de conversar na Alemanha. Foi um final de semana muito apagado, tive problemas na classificação e, na corrida, tive de sair logo no começo. Não foi um final de semana muito alegre para se conversar do futuro. Basicamente, está nas mãos da Williams, não depende muito de mim além daquilo que eu faço no dia-a-dia, da luta que eu tenho com os engenheiros para melhorar o carro.”

O brasileiro garante, no entanto, que a Williams sabe muito bem o que ele quer – e que a única coisa a fazer é seguir trabalhando.

“Eles já têm minha posição bem definida. Estou tranquilo. Vou curtir meu ano imensamente, da forma como tem de ser. Não tenho de parar e chorar, tenho de continuar melhorando o carro para chegar pelo menos no Brasil com chances de acabar nos pontos, que é meu maior objetivo neste ano.”

(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Budapeste)

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
Rubens Barrichello
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