Montoya diz que negou Ferrari por causa de Schumacher; entenda
Em live com a edição latino-americana do Motorsport.com, o colombiano falou sobre o convite "casual" que recebeu para correr pela Ferrari
O colombiano Juan Pablo Montoya chegou à Fórmula 1 em 2001 com status de promessa, devido à passagem impressionante pela Indy em 1999 e 2000. E, logo de cara, apresentou resultados, chegando a lutar pelo título contra Michael Schumacher nos anos seguintes. E o próprio heptacampeão foi o motivo para sua trajetória na categoria não ter seguido outra direção.
No automobilismo norte-americano, Montoya teve sucesso desde o começo, conquistando o título da CART em 1999 e as 500 Milhas em 2000. Seus resultados chamaram a atenção do velho continente, com a Williams convencendo o colombiano a trocar de categoria.
Em seu primeiro ano na F1, com a BMW Williams, teve uma temporada muito instável. Das 17 etapas, abandonou 11 delas, porém conquistou sua primeira vitória, na Itália, além de outros três segundos lugares, terminando em sexto no mundial de pilotos.
Nos dois anos seguintes, a Williams entregou ao colombiano um carro mais estável e, com isso, Montoya passou ficar mais próximo da luta pelo mundial, terminando nas duas ocasiões em terceiro na classificação. Em 2003, terminou a apenas 11 pontos de Schumacher e nove de Kimi Raikkonen. E foi naquele ano que seu percurso na F1 poderia ter tomado um outro rumo.
Montoya chegou no GP da Itália em Monza em segundo no campeonato, apenas um ponto atrás do alemão. No pódio, que teve Schumacher em primeiro e o colombiano em segundo, o piloto foi abordado por Ross Brawn, convidando-o a ir para a equipe de Maranello no ano seguinte. E o então diretor da Ferrari recebeu um não.
"Ross Brawn me disse uma vez que adoraria que eu corresse com eles, em um pódio em Monza, e eu lembro de ter dito: 'Não, obrigado', disse Montoya em live com Diego Mejía, da edição latino-americana do Motorsport.com. E o colombiano explicou o motivo da recusa.
"Com Michael, era impossível. Não queria ser segundo de Michael por nada, e nunca me dei bem com ele", disse Montoya. "Foi uma guerra psicológica tão forte que seria morte o tempo todo. E também porque Michael tirava todo mundo de seu caminho e isso me dava raiva, então ficava ainda mais agressivo".
A fala de Montoya vem dias depois da publicação de uma reportagem do jornal italiano La Gazzetta dello Sport falando que o desejo da Scuderia era ter uma dupla formada por Montoya e Massa. Mas, enquanto o brasileiro começou a correr pela Ferrari em 2006, Montoya foi para a McLaren, onde ficou por menos de dois anos, em uma passagem muito turbulenta.
Após um início de temporada complicada na McLaren devido à problemas com Ron Dennis, Montoya anunciou, logo após o GP dos Estados Unidos, que estava de saída não apenas da McLaren como da F1 para correr na NASCAR em 2007.
Nos anos seguintes, Montoya se voltou ao automobilismo norte-americano novamente, correndo não apenas na NASCAR, como na Indy, onde venceu as 500 Milhas pela segunda vez em 2015, e o IMSA, onde foi campeão em 2019.
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