Os finlandeses são conhecidos por serem contidos com as palavras e Valtteri Bottas não foge à regra. O piloto da Williams afirmou que se considera um dos pilotos mais “quietos” do grid e que não demanda muita informação do engenheiro. E isso pode ser uma vantagem a partir das restrições feitas ao uso do rádio, que entram em vigor neste final de semana, no GP de Cingapura.
[publicidade] “Pelo que eu vejo das outras equipes, acho que sou um dos mais quietos”, disse ao TotalRace. “Eu falo tudo o que eu preciso dos engenheiros, mas não é muita coisa. Acho que será mais difícil para os engenheiros em si, porque eles estão acostumado a dizer algumas coisas, como quando você faz pit stop. E será estranho para eles.”
Por outro lado, Bottas reconheceu que a Williams será prejudicada devido ao tamanho de seu visor, menor em relação aos rivais.
“Eles têm um display maior, que pode mostrar mais informações. O problema é que não é tão rápido para trocar porque não é só trocar o display, precisa fazer um volante completamente novo. É um projeto de 10 semanas e ainda estamos esperando as regras serem clarificadas.”
Para o piloto, o mais complicado serão as largadas. “Nos treinos livres, naturalmente vamos ver como será com essas mudanças. A largada será mais complicada porque há mais coisas que o piloto terá de memorizar já que, normalmente, você conta que a equipe vai te lembrar de tudo. Será um desafio porque há muitas coisas para fazer. No fim, o piloto terá de sentir a embreagem, coisa do tipo. Acho que vai ser bacana por um lado porque não poderemos mais culpar a equipe se a largada for ruim.”
Bottas afirmou que o tipo de informação que não pode ser dada a partir de agora o salvou no último GP, na Itália, quando foi alertado de problemas no freio.
“Um exemplo foi na última prova, quando estava com os freios traseiros muito desgastados e a equipe me disse para alterar o equilíbrio de freio. Se não tivesse feito isso, provavelmente não teria terminado a prova.”
Segundo o piloto, esse tipo de piloto não pode ser sentido pelo piloto. “Depende da severidade do problema, porque os freios vão se deteriorando aos poucos. Você sente quando está muito ruim, porque o pedal fica longo demais, mas geralmente já é tarde demais.”