Newey explica por que 'optou' por ponto fraco da Red Bull na F1
Mago da categoria disse que escolha se deveu à mudança de regras da elite global do esporte a motor, o que resultou em muitas vitórias para o time mesmo sem tantas poles
Projetista da Red Bull na Fórmula 1, Adrian Newey explicou por que 'deliberadamente' escolheu manter um 'ponto fraco' do dominante modelo RB19, carro que venceu 21 das 22 corridas de 2023, em prol de um forte ritmo de corrida do monoposto taurino no último ano.
Na temporada passada, a equipe anglo-austríaca bateu o recorde da McLaren de 1988 como a mais dominante de um campeonato, superando percentualmente os 15 de 16 triunfos do time britânico de Woking naquele ano.
Com tamanha superioridade, a marca de energéticos não ficou somente com o título de construtores, mas viu o holandês Max Verstappen se sagrar tricampeão mundial consecutivo da F1 e conseguiu sua primeira dobradinha de pilotos, com o mexicano Sergio Pérez em segundo.
Entretanto, para Newey, o GP de Singapura, única etapa não vencida pela Red Bull em 2023, evidenciou o ponto fraco da escuderia no último ano: o ritmo de classificação, que foi 'deliberadamente' sacrificado em prol de um desempenho de corrida absoluto.
"Nunca estou satisfeito. Tivemos uma temporada fantástica, quebramos recordes, mas ainda há coisas no carro que poderíamos melhorar. Então, você se concentra em quais são os nossos pontos fracos e como podemos melhorá-los. É por isso que não vencemos em Singapura", ponderou ele.
"Foi uma derrota útil para nós porque, para ser honesto, estragamos tudo e o fim de semana trouxe à tona alguns pontos fracos do carro", seguiu o britânico sobre a prova de Marina Bay, vencida pelo espanhol Carlos Sainz, da Ferrari. Foi também o único evento sem uma Red Bull no top 3 em 2023.
"Então, temos que pensar em como podemos melhorar isso, como podemos eliminar isso no próximo ano? E simplesmente seguir em frente...", disse Adrian no podcast Formula for Success. Ao The Race, o inglês também deu mais detalhes sobre a dificuldade em aquecer pneus nos qualis.
“Tentamos privilegiar o ritmo de prova em detrimento da classificação. Essa decisão foi tomada em 2021, baseada na previsão de que as mudanças no regulamento da F1 facilitariam as ultrapassagens, tornando a sessão de classificação um pouco menos importante.”
“Foi uma decisão deliberada. Se as ultrapassagens ficassem mais fáceis, as sessões de classificação perderiam peso. E foi o que aconteceu”, completou o engenheiro da 'RBR', considerado o 'mago da F1' nos últimos tempos.
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