Max Verstappen conquistou uma vitória surpreendente e dominante no GP da Itália da última vez, derrotando os pilotos da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri, que estão lutando pelo título da Fórmula 1 de 2025. Mas será que o campeão mundial da Red Bull manterá essa forma no GP do Azerbaijão deste fim de semana, ou a McLaren, líder do campeonato, voltará ao topo em Baku?

Há histórias em todo o grid, seja o debate sobre quem será o companheiro de equipe de Verstappen em 2026, as esperanças da Ferrari ou as dificuldades do novato da Mercedes, Andrea Kimi Antonelli. Portanto, aqui estão cinco coisas que devem ser observadas em Baku!

O renascimento da Red Bull em Monza é real?

Verstappen surpreendeu amigos, inimigos e até a si mesmo com sua vitória dominante em Monza. Antes do GP do Azerbaijão, a principal pergunta é: quanto desse desempenho foi específico do circuito e quanto aponta para uma melhoria estrutural na Red Bull, ou até mesmo um "renascimento", como o consultor Helmut Marko o nomeou de forma otimista?

Na noite de domingo na Itália, Laurent Mekies foi rápido em enfatizar que grande parte do desempenho da equipe foi, de fato, específico de Monza - como o pacote de baixo downforce bem trabalhado e as lições aprendidas com a péssima corrida de 2024.

Dito isso, Marko, Verstappen e o diretor técnico Pierre Waché apontaram para uma nova abordagem nos finais de semana de corrida: confiar menos no simulador e nos dados e mais no feedback do piloto.

Max Verstappen, Red Bull Racing

Foto de: Mark Thompson - Getty Images

O verdadeiro teste virá em Singapura, um circuito de rua que, pelo menos no papel, não é particularmente adequado para a Red Bull. O Azerbaijão também oferece uma pista de rua, mas, com suas longas retas, deve ser um pouco melhor para o RB21.

Por esse motivo, não se pode descartar outro desempenho de destaque de Verstappen neste fim de semana. É preciso dizer que o holandês - com apenas uma vitória em 2022 - não tem o melhor histórico em Baku, embora estivesse no caminho certo para outra vitória em 2021, se não fosse uma falha de pneu que arruinou sua corrida.

- Ronald Vording

Próximo episódio da novela Papaia

Como a McLaren vai responder às críticas que recebeu em Monza por sua polêmica ordem de equipe para troca de pilotos? Pelo que sabemos sobre o chefe de equipe Andrea Stella, a equipe papaia simplesmente manterá seus princípios de justiça, mais preocupada com sua própria bússola do que com a do mundo exterior.

Piastri acatou o pedido para deixar Norris passar depois de um pit stop mal feito, considerando o que está em jogo na luta pelo título entre as equipes, dizendo que ele e seu companheiro de equipe pretendem permanecer na McLaren por muito tempo, portanto, é óbvio colocar os interesses da equipe em primeiro lugar.

Mas a perplexidade inicial do líder do campeonato ao ouvir o pedido, já que Norris perdeu principalmente devido a uma troca lenta de pneus que faz parte da corrida, sugeriu que Stella e o CEO Zak Brown tiveram que, pelo menos, rever exatamente o quão delicado será sua 'mão', já que a McLaren equilibra deixar seus pilotos livres para correr com a proteção da cultura e da harmonia da equipe.

Talvez não aconteça nada em Baku e um dos dois pilotos simplesmente leve a melhor e saia correndo em direção ao pôr do sol. Mas, dada a precisão da luta entre eles, com Norris um pouco mais rápido em Monza depois de um período forte de Piastri, talvez neste fim de semana vejamos um confronto direto, dada a natureza de vácuo de Baku.

No ano passado, Piastri derrotou Charles Leclerc depois de uma emocionante 'briga de rua'. O que acontecerá se Norris conseguir desempenhar o papel do piloto da Ferrari desta vez?

- Filip Cleeren

Tsunoda está correndo contra o tempo para salvar sua carreira na F1

Yuki Tsunoda, Red Bull Racing

Foto de: Pirelli

O destino parece já estar anunciado na Red Bull para 2026. Isack Hadjar está pronto para se tornar o companheiro de equipe de Verstappen, basta ler o que Marko disse após seu pódio em Zandvoort, enquanto Arvid Lindblad se juntará à equipe júnior Racing Bulls.

Isso deve deixar uma disputa acirrada entre o atual companheiro de equipe de Verstappen, Yuki Tsunoda, e Liam Lawson pela vaga ao lado de Lindblad. Mas, como Tsunoda passou quatro temporadas na equipe de Faenza antes de ser promovido para a Red Bull este ano, não seria bom para nenhuma das partes que ele voltasse para a Racing Bulls quando estiver mais velho.

Portanto, a última esperança de Tsunoda é reverter sua situação na Red Bull, o que pode parecer milagroso, já que ele marcou apenas nove pontos em 14 finais de semana de GPs e mostrou poucos sinais de melhora. Mas ele precisa encontrar algo, e rapidamente - como, por exemplo, neste fim de semana - caso contrário, Tsunoda estará fora da F1.

Para isso, ele precisa completar um fim de semana de limpo. Em Monza, por exemplo, o piloto de 25 anos mostrou ritmo ao ficar a menos de dois décimos de Verstappen na Q1 e na Q2, mas não conseguiu fazer uma volta ideal na última sessão, o que o deixou em 10º lugar no grid. Tsunoda foi então pego na batalha de meio de grid, ficou com danos no assoalho e não conseguiu encontrar ar limpo durante a corrida, terminando fora dos pontos.

São apenas pequenas coisas como essa que o estão atrapalhando. A Red Bull disse que pretende anunciar sua formação para 2026 por volta do final de outubro e Hadjar já provou seu valor, então agora cabe a Tsunoda mostrar o seu.

- Ed Hardy

Antonelli longe dos problemas?

Estatística divertida: nas nove corridas da 'turnê' europeia, Antonelli marcou apenas três pontos. Seu único destaque nas últimas corridas foi seu primeiro pódio na F1, que, curiosamente, aconteceu no Canadá.

Mas a geografia não foi a causa principal; como o próprio italiano sugeriu, a atualização da suspensão traseira da Mercedes, introduzida em maio, mudou as características do carro. Não apenas Antonelli, mas George Russell também teve dificuldades com tal especificação, com o Canadá sendo o único caso isolado.

Andrea Kimi Antonelli, Mercedes

Foto de: Beata Zawrzel / NurPhoto via Getty Images

Desde que voltou à versão anterior da suspensão na Hungria, Antonelli diz que sua confiança melhorou, mas os resultados não mudaram drasticamente: nono em Budapeste e 10º em Monza. Seu ritmo de corrida foi bom em Zandvoort, mas uma batida com Leclerc acabou com sua tentativa de conquistar pontos.

A melhora está presente, mas a pressão também. Em Monza, Toto Wolff classificou o desempenho de seu piloto como "abaixo do esperado", a primeira vez que o chefe da Mercedes colocou o italiano em xeque publicamente depois de proteger seu protegido.

Com a permanência de Verstappen na Red Bull e sua vaga para 2026 aparentemente assegurada, Antonelli ainda tem muito a provar no restante da temporada. Será que ele conseguirá se recuperar quando o campeonato deixar as pistas tradicionais rumo a Baku?

- Oleg Karpov

Baku é a melhor chance de vitória de Leclerc e da Ferrari?

A única maneira de ter os tifosi do seu lado é vencendo, e isso é exatamente o que a Ferrari ainda não conseguiu fazer este ano. Nessa etapa da temporada passada, Carlos Sainz havia se destacado na Austrália para aliviar um pouco a pressão italiana, com Leclerc conquistando vitórias emocionantes na casa dele e da Ferrari: Mônaco e Monza.

A Ferrari não está sendo um fracasso total este ano; ela ainda está em segundo lugar no campeonato, ajudada pelo baixo desempenho dos segundos pilotos da Red Bull e da Mercedes.

Mas ela ainda tem um buraco na seção 2025 de sua sala de troféus. A melhor chance de vitória da equipe foi em Mônaco, onde o especialista em classificação Leclerc por pouco não fez a pole - e, portanto, a vitória, dadas as características de Mônaco.

Mas uma pole menos esperada na Hungria renovou a crença da Scuderia de que não precisará encerrar a atual era com a ignomínia de uma temporada sem vitórias, mesmo que Leclerc tenha perdido terreno para as McLarens na corrida.

Leclerc também estava na pole em Baku no ano passado e lutou com o eventual vencedor Piastri até o fim. E o chefe de equipe Fred Vasseur parece otimista quanto às chances de sua equipe no Azerbaijão: "Acho que temos algumas pistas em que devemos estar em boa forma. A começar pela próxima. Historicamente, sempre estamos em boa forma em Baku..."

A temporada está acabando, há alguns circuitos fortes da McLaren chegando e a Red Bull também parece ter pegado um segundo fôlego, portanto, se Leclerc e seu companheiro de equipe Lewis Hamilton tiverem meia chance nas ruas rápidas de Baku, eles fariam bem em agarrá-la com as duas mãos.

- Filip Cleeren

A VERDADE sobre a CARREIRA de DRUGOVICH | Bortoleto, HAMILTON, Hadjar na RBR | F1 com Victor Ludgero

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