Disputa pelo título, sessão de novatos e mais: No que ficar de olho no GP do México de F1

O fim da temporada 2025 da Fórmula 1 está à vista, já que o campeonato recebe o GP do México neste fim de semana para dar início às cinco etapas finais do ano. Isso acontece apenas uma semana após o GP dos Estados Unidos, que Max Verstappen dominou da pole depois que o piloto da Red Bull também venceu a sprint para continuar sua boa fase.

Desde então, não se fala em outra coisa a não ser se o tetracampeão mundial está na briga pelo título ou se ainda está sendo disputado pela dupla da McLaren, formada por Oscar Piastri e Lando Norris. Esse é um dos muitos aspectos a serem observados neste fim de semana, portanto, aqui estão pontos a serem observados no GP do México.

Verstappen continuará na briga pelo título?

Max Verstappen, Red Bull Racing

Foto de: Jim Watson / AFP via Getty Images

A McLaren dominou tanto a campanha de 2025 que parecia que a disputa pelo título de pilotos estava apenas entre Piastri e Norris, que, entre eles, venceram 12 dos 15 primeiros GPs. Houve até conversas internas sobre como comemorar o eventual campeão para evitar qualquer drama com o vice-campeão.

Mas a McLaren conquistar um bicampeonato - já tendo vencido o título de construtores - não é mais uma conclusão óbvia graças à performance de Verstappen. Tudo começou no GP da Itália, onde a Red Bull trouxe uma série de atualizações, incluindo um novo assoalho, e de repente a equipe austríaca tinha um carro capaz de desafiar a McLaren em todas as pistas.

Nos quatro finais de semana seguintes, Verstappen reduziu seu déficit de 104 pontos em relação ao líder do campeonato Piastri para apenas 40 e está 26 pontos atrás de Norris. Está bem documentado o que Verstappen pode fazer com o melhor carro - 19 vitórias em 2023, por exemplo - e isso é algo que ele tem agora, que deve continuar no México.

A altitude elevada do Autódromo Hermanos Rodríguez é definida por seu ar rarefeito, que anula o efeito de asas maiores e é um dos motivos pelos quais a Red Bull normalmente prospera no México.

Seu carro também desfruta de downforce estável nas alturas mais altas necessárias para proteger as pranchas da pista irregular do México, e não é nas curvas rápidas que a McLaren está em seu melhor momento.

Portanto, não só Verstappen conquistar o quinto título consecutivo se torna uma possibilidade genuína, mas sua forma recente também pode servir como um teste para a dupla da McLaren avaliar seu valor. Ambos estão lutando por seu primeiro título e Piastri, em particular, precisa de um grande resultado para impedir qualquer impulso de seus adversários.

A Red Bull anunciará sua formação de pilotos para 2026?

Yuki Tsunoda, Red Bull Racing

Foto de: Simon Galloway / LAT Images via Getty Images

Verstappen pode estar 'curtindo o momento', mas seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda, certamente não está. Bem, na verdade, qualquer companheiro de equipe do holandês teve dificuldades nos últimos anos. Liam Lawson começou a temporada nessa função, substituindo o esforçado Sergio Pérez, mas o piloto de 23 anos só durou duas etapas depois de não marcar nenhum ponto.

Assim, Tsunoda foi promovido da equipe irmã Racing Bulls na terceira etapa, no Japão, mas enfrentou dificuldades semelhantes. O piloto japonês marcou apenas 25 pontos para a Red Bull, o que o deixou em 16º lugar no campeonato e ainda não assinou contrato para o próximo ano.

Também não se espera que ele seja contratado, já que o novato da Racing Bulls, Isack Hadjar, foi promovido após uma sólida campanha que incluiu um pódio em Zandvoort. Com a ascensão de Hadjar, espera-se que o júnior da Red Bull Arvid Lindblad se junte à Racing Bulls após sua temporada na F2. 

A alta cúpula da Red Bull havia declarado anteriormente que pretendia anunciar a escalação de pilotos de ambas as equipes até o final de outubro, o que significa que isso poderia ser confirmado neste fim de semana.

A única dúvida real é quem será o companheiro de equipe de Lindblad. É provável que seja Lawson ou Tsunoda, sendo o primeiro o favorito, já que é dois anos mais jovem que o piloto da Red Bull e de que adiantaria um rebaixamento para a Racing Bulls para o piloto de 25 anos? 

Tsunoda está lutando para salvar sua carreira na F1, então será que isso resultará em um fim de semana no México que marcará pontos? Só o tempo dirá. 

O ritmo da Ferrari é genuíno? 

Charles Leclerc, Ferrari

Foto de: Sam Bagnall / Sutton Images via Getty Images

A Ferrari tem sido uma das equipes mais decepcionantes em 2025, já que se esperava que ela iniciasse uma luta pelo título contra a McLaren. Isso acontece depois que a dupla ficou lutando pelo campeonato de construtores do ano passado na final de Abu Dhabi, mas enquanto a McLaren deu o próximo passo, a Ferrari regrediu.

A Scuderia está em terceiro lugar no campeonato, 344 pontos atrás da McLaren e ainda não venceu um GP. Austin, no entanto, marcou uma grande melhoria para a equipe, já que Charles Leclerc terminou em terceiro, com Lewis Hamilton em quarto - marcando o maior número de pontos em um GP desde a Áustria, em junho. 

É verdade que uma boa razão por trás do pódio de Leclerc foi sua estratégia de compensação ao usar pneus macios na largada, mas mesmo quando estava com pneus médios, ele mostrou um ritmo sólido contra Norris, de compostos macios, na luta pelo segundo lugar.

Hamilton também se mostrou promissor ao segurar Piastri, e este fim de semana servirá como um bom teste para a Ferrari, para ver se o fim de semana em Austin foi um caso isolado ou se ela pode realmente lutar na frente de forma consistente. 

A Ferrari terminou em 1-3 no México no ano passado, mas desde que buscou alturas mais baixas para o SF-25, ela sempre teve dificuldades em pistas irregulares em 2025. Basta olhar para Singapura, onde terminou em quinto e sexto lugar e ficou bem atrás da Mercedes, Red Bull e McLaren. 

Nem tudo está bem na Alpine, enquanto Colapinto luta por seu futuro

Pierre Gasly, Alpine, Franco Colapinto, Alpine

Foto de: Sam Bloxham / LAT Images via Getty Images

Esta não tem sido a temporada que todos na Alpine esperavam, pois a equipe francesa está em último lugar no campeonato. Portanto, está a caminho de seu pior resultado desde que a marca assumiu o controle da Renault em 2021 e também o pior resultado para a equipe baseada em Enstone desde que a Renault ficou em nono lugar em 2016. 

Austin foi um exemplo de como as coisas estão ruins, já que a Alpine não apenas terminou em 17º e 19º, mas seus pilotos também tiveram uma batalha, apesar das ordens da equipe para evitar isso. Franco Colapinto estava sendo perseguido por Gabriel Bortoleto, da Sauber, nas voltas finais, enquanto também se aproximava do companheiro de equipe Pierre Gasly.

Apesar da Alpine ter dito a Colapinto para manter a posição em 18º, o argentino ultrapassou Gasly, que também ficou atrás de Bortoleto, em 19º. O chefe da Alpine, Steve Nielsen, considerou o ocorrido "decepcionante" e, na prévia da equipe no México, Colapinto revelou que o assunto havia sido "discutido internamente" e que "as instruções da equipe sempre devem ser seguidas".

Parece que ele foi repreendido pelo incidente, portanto, será interessante ver como Colapinto se sairá neste fim de semana - especialmente porque ele está lutando por sua vaga para 2026.

O piloto de 22 anos não marcou nenhum ponto desde que substituiu Jack Doohan na sétima etapa, em Imola, e não está claro se a Alpine vai continuar com ele ou se vai procurar um novo piloto para fazer parceria com Gasly na próxima temporada. 

O que está claro é que o desempenho de Colapinto precisa melhorar e não há momento melhor do que o presente, portanto, que melhor maneira de se recuperar de Austin do que dar à Alpine seu primeiro resultado em pontos desde a Bélgica, em julho?

 Pelo menos nove novatos disputando o TL1 no México

Alexander Dunne, McLaren

Foto de: Steven Tee / LAT Images via Getty Images

As regras da F1 determinam que, a cada temporada, um carro deve dar pelo menos dois treinos para um piloto com no máximo duas largadas em GPs. Alex Dunne, por exemplo, substituiu Norris no TL1 da Áustria, assim como Dino Beganovic no lugar de Leclerc. Eles eram os únicos dois jovens naquela sessão, enquanto no fim de semana o TL1 terá pelo menos nove deles.

Pato O'Ward substituirá Norris, Antonio Fuoco está no lugar de Hamilton, Lindblad no lugar de Verstappen, Frederik Vesti no lugar de George Russell, Jak Crawford no lugar de Lance Stroll, Paul Aron no lugar de Gasly, Ryo Hirakawa no lugar de Oliver Bearman, Ayumu Iwasa no lugar de Lawson e Luke Browning no lugar de Carlos Sainz.

A situação foi semelhante no ano passado, quando quatro novatos participaram, mostrando que o México é o local ideal para um piloto em tempo integral pular a sessão de abertura.

Isso se deve ao fato de ser um circuito bem conhecido, um local onde as equipes têm muitos dados e a pista geralmente está suja no TL1, o que significa que é uma sessão pouco representativa. Também não é um fim de semana de sprint, e muitas equipes não estão mais instalando atualizações antes da mudança de regra do próximo ano.

Portanto, o TL1pode ser mais interessante do que o normal, devido às muitas caras novas, que podem usá-lo como uma oportunidade para mostrar por que devem ser pilotos de F1.

Dunne, por exemplo, entrou no radar das pessoas depois de terminar em quarto lugar na Áustria, enquanto a sexta-feira também pode servir como preparação para alguém como Lindblad antes de sua esperada promoção.

MOLINA analisa MAX x McLARENs pelo título, projeta MÉXICO e avalia BORTOLETO / HAMILTON no fim de 25

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