O dia que Rossi dividiu a pista de Ferrari com Schumacher e Alonso

Em 1º de fevereiro de 2006, Valentino Rossi assumiu o volante de uma Ferrari e fez sua segunda sessão de testes em grupo na Fórmula 1, terminando em 9º no circuito de Valência.

A Ferrari deu a Rossi várias oportunidades para se divertir no comando de um de seus carros para decidir se gostaria de correr na F1 ou não. A grande estrela do esporte a motor na Itália competindo pela maior equipe do país da bota era um sonho muito tentador que nunca chegou a ser realizado além de sessões de testes.

O primeiro teste chegou em 2004, e depois de alguns dias privados nos circuitos de Mugello e especialmente em Fiorano, chegou o momento da verdade. A pré-temporada de 2006 foi disputada em Valência e a Ferrari alinhou, além de Schumacher, Valentino Rossi. No entanto, o 'Doutor' teve que andar com o F2004, o carro com o qual o time italiano alcançou ambos os títulos dois anos antes. Por isso, comparações eram impossíveis.

Foi o primeiro teste de Rossi junto com outros pilotos e equipes, incluindo o atual campeão Fernando Alonso na Renault e nomes de destaque como Juan Pablo Montoya com a McLaren e Robert Kubica (ainda piloto de testes) com a BMW Sauber.

O primeiro contato de Rossi não foi de forma alguma o melhor, já que ele só conseguiu dar meia volta e rodou na chuva. Mas no segundo, em 1º de fevereiro, o multicampeão da MotoGP foi o 9º entre os 15 pilotos que entraram na pista naquele dia. Ele fez 53 voltas e seu melhor tempo foi 1min12s851 – um segundo atrás de Schumacher e mais de um e meio atrás de Alonso, que liderou a tabela com a Renault.

"Eu tenho que dizer que me senti em casa e não tive qualquer problema em particular. Talvez eu tenha que praticar um pouco em guiar no molhado", brincou sobre a sua rodada na primeira volta na chuva.

Não seria o último teste de Rossi, que em 2010 fez sua última tentativa. Montezemolo, presidente da Ferrari, assegurou que se as regras permitissem, ele teria colocado Valentino em um terceiro carro naquele ano, juntando "dois símbolos italianos". Nem em 2010 e nem nunca Rossi pôde disputar mais do que testes, mas deixou imagens para a memória em todos eles.