Ocon nunca sentiu tanto downforce em um carro de F1

Esteban Ocon disse que sentiu mais aderência do que em qualquer outro carro de Fórmula 1, ao pilotar o novo R.S.20 nesta manhã em Barcelona

Nesta manhã, em Barcelona, o francês Esteban Ocon conseguiu pilotar o novo Renault R.S.20 de verdade com os pneus de corrida, após o teste de shakedown na segunda-feira. Segundo o piloto, a geração de carros de 2020 deve quebrar todos os recordes de volta esse ano.

Ocon fez observações comparando a Renault com a campeã Mercedes W10, que ele testou ao longo de 2019 no simulador da equipe em Brackley, além de um teste em Paul Ricard com pneus da Pirelli em setembro. No ano passado, ele também testou a Renault R.S.19 ao longo dos testes de pós-temporada em Abu Dhabi.

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"Sempre há diferenças", afirmou o piloto quando perguntado para comparar o novo carro com o W10. "Mas, para ser o honesto, a quantidade de aderência que já tem nesse ano, se você levar em consideração a volta mais rápida, nós já estamos mais rápidos que a volta mais rápida do primeiro dia de testes de 2019".

"Então eu acho que os carros estão evoluindo a cada ano. É difícil de comparar, mas a quantidade de aderência que eu sinto eu acho que nunca havia sentido antes. Não sei se é a pista, mas eu pilotei aqui na segunda, no dia de gravações. E sim, esses carros novos são impressionantes".

"Eu nunca havia pilotado tão rápido em algumas curvas antes, isso é muito bom. É animador. Porque com isso cada vez você vai mais rápido. Então nós provavelmente vamos quebrar todos os recordes de voltas esse ano".

Perguntado sobre a primeira impressão do novo carro, ele disse: "É uma boa base que temos no momento. De vez em quando, você entra em um carro e pensa 'ah, tem um problema que você está tentando resolver o inverno inteiro', e aqui, no momento, não temos nada disso".

"Então o carro parece bom. Mas é apenas a primeira manhã. Temos que esperar e ver como que ele vai evoluir durante os testes".

Ocon destacou que é importante levar o carro ao máximo desde o início dos testes, apesar dos riscos de erros podendo impactar o programa de desenvolvimento para a primeira corrida.

"Você tem que forçar o carro. Tivemos uma boa conversa com o Cyril e com o Alain sobre isso. É importante que você leve o carro ao limite para ter boas referências e estar pronto, e também para ter dados reais, porque é o único modo de melhorar o carro".

"Você não pode fazer menos que isso. Tem que forçar como se tivesse mais tempo, e torcer para que não cometa nenhum erro".

"Eu tentei isso desde o início. Não é verdade que eu ainda estou pegando leve. Estou pilotando, tentando desenferrujar. Faz algum tempo que eu não ando em um carro de verdade, o que significa ter alguém do meu lado, tendo referências, etc. Só estou tentando recuperar o ritmo".

"E é importante ter tempos de volta decentes para conseguirmos sentir como que o carro reagirá em condições de corrida ou de classificação".