"Oportunidade de ser parte de algo grande": Hamilton explica interesse por trás da compra do Chelsea
Heptacampeão brincou que virou torcedor do Arsenal por causa dos socos que levava de sua irmã falando que ele tinha que apoiar o time londrino
Nesta sexta-feira, o heptacampeão da Fórmula 1 Lewis Hamilton explicou os motivos que o levou a integrar um consórcio que pretende comprar o Chelsea, um dos principais times do futebol britânico, ao lado da tenista Serena Williams. O britânico disse que, assim que a oportunidade surgiu, viu que não poderia ficar de fora, mesmo sendo torcedor do Arsenal.
A informação surgiu na imprensa europeia na última quinta (21), com Hamilton e Williams investindo cerca de R$60 milhões cada para integrar o consórcio liderado pelo ex-presidente executivo do Liverpool Martin Broughton.
Na coletiva pré-GP da Emilia Romagna em Ímola, Hamilton confirmou a legitimidade da história e explicou seu envolvimento.
O piloto da Mercedes revelou que foi abordado por Broughton, que explicou sua visão para o clube caso seja a proposta vencedora entre três que estão na mesa de negociações. Segundo Hamilton, os valores de Broughton estão alinhados com o seu, e que ele e Williams conversaram diversas vezes, com ambos "muito animados" por fazer parte do grupo.
Explicando seu interesse, Hamilton falou sobre seu relacionamento com o futebol: "Sou fã [do futebol] desde quando eu era criança, jogando dos quatro aos 17 anos. Fazia parte dos times todos os anos, jogava na escola, fui a inúmeros jogos".
"Quando eu era criança, na esquina de onde morava, jogava futebol com as outras crianças. Entre os meus amigos mais próximos naquela época, e eu sempre tentando me encaixar nesse grupo, um era torcedor do Tottenham, outro do Manchester United".
"Lembro que ficava trocando entre esses times enquanto era criança e minha irmã batia várias vezes no braço dizendo: 'Você é torcedor do Arsenal!'. Então eu virei torcedor do Arsenal. Mas meu tio Terry é torcedor fanático do Chelsea. Acompanhei ele a vários jogos do Arsenal contra o Chelsea".
"No final das contas, sou fã do esporte. Esse é o maior esporte do mundo e o Chelsea é um dos maiores clubes do mundo, e um dos de maior sucesso. Quando ouvi sobre essa oportunidade, pensei: 'Uau, essa é uma das maiores oportunidades de fazer parte de algo grande'".
"Quando era criança, lembro de fazer os álbuns de figurinha. Não sei se vocês se lembram, de ir à loja, comprar os álbuns e trocar as figurinhas, lembro de completar todos quando era criança, trocando as outras por moedas ou doces com as outras crianças pelas mais valiosas!".
"E quando eu era mais jovem, tentava ser o melhor jogador possível, tentando de verdade jogar por um time de verdade. Estava tentando para o Stevenage [time que atualmente disputa a quarta divisão do futebol inglês]. Acabei indo para as corridas. Eu sempre sonhei em ser uma parte integral de uma equipe, então para mim isso é o mais emocionante".
Mas Hamilton defende que seu interesse vai muito além da paixão pelo futebol: "É uma questão de comunidade. É isso que faz um time de futebol, as pessoas dentro e fora dele. O Chelsea vem liderando os trabalhos em diversidade e inclusão, tornando-se mais diverso e progressivo. Então não é uma questão de estarmos nos associando com os antigos donos".
"Nosso objetivo é dar continuidade ao trabalho que eles já fizeram, criando ainda mais impacto e engajamento dentro da comunidade".
Lewis Hamilton, Mercedes-AMG arrival at Imola
Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images
Após o Chelsea anunciar em dezembro que havia perdido 145,6 milhões de libras no período de 12 meses até junho de 2021, (R$880 milhões), Hamilton disse que foi assegurado que existe um plano de negócios pronto para controlar as perdas.
"Naturalmente, perder dinheiro nunca é a ideia por trás de um investimento. Através das discussões que tivemos, a equipe planeja gerenciar isso para o futuro, melhorando e garantindo a redução dessas perdas, tornando uma organização que gere lucros".
"Isso vai demandar muito trabalho. Há muitas peças se movimentando e eu não tenho a estratégia para tudo isso. Ainda não vencemos a disputa, e tenho certeza que isso virá na sequência. Mas a equipe é formada por um consórcio de grandes torcedores do Chelsea e outros que chegaram mais tarde, como eu mesmo".
"Não há ninguém isso com uma mentalidade de perdedor. Eu acho que o Chelsea já tem um mindset de vencedor. Mas acho que podemos fazer melhor para o futuro".
Hamilton acrescentou que, caso sua proposta vença, ele estará menos presente em comparação a seus parceiros enquanto segue na F1, mas seu envolvimento focaria em melhorar o trabalho do clube com a comunidade.
"Há muitas coisas que podemos fazer para sermos mais diversos e inclusivos. É uma plataforma incrível para entrar, educando muitos fãs incríveis que estão por aí. Há grandes talentos dentro da equipe que já se posicionam contra a discriminação e que trabalham com a organização para evoluir".
"Sei que isso é realmente importante para os fãs do Chelsea; a comunidade está muito investida nisso".
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