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Para Pirelli, F1 de 2017 será cinco segundos mais veloz

Para Paul Hembery, chefe da fabricante italiana, carros da Fórmula 1 serão mais rápidos mesmo com o provável abandono da ideia de aumento da pressão aerodinamica

Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 Team
Paul Hembery, diretor da Pirelli Motorsport
Niki Lauda, Mercedes com Paul Hembery, Pirelli Motorsport
Mercedes AMG F1 Pirelli tyres
Bernie Ecclestone, CEO Formula One Group, with Paul Hembery, Pirelli Motorsport Director on the grid
Pneus de chuva Pirelli
Pneus de chuva Pirelli
Pirelli tires
Pirelli tyre engineer
Pirelli tyres

Conforme informaram fontes ao Motorsport.com nesta semana, os planos de aumento da pressão aerodinâmica dos carros de Fórmula 1 - uma das principais mudanças propostas para 2017 - estão prestes a serem descartados, principalmente pela pressão exercida por Mercedes e Pirelli, preocupadas com o aumento da carga sobre os compostos atuais. 

Paul Hembery, diretor esportivo da fabricante italiana, garante que a fornecedora de pneus da F1 possui capacidade para lidar com qualquer tipo de situação que uma mudança nas regras possa trazer, mas ressaltou que isso mudará sensivelmente a fórmula da borracha.

"Somos capazes de construir pneus que resistam a qualquer quantidade de carga sobre eles, mas não será o mesmo composto que utilizamos hoje. Se você deseja 50%, 60% a mais de pressão aerodinâmica, você não terá a mesma borracha das últimas temporadas", disse Hembery durante o Autosport International show.

Além disso, Hembery está convencido de que, mesmo sem o aumento da pressão aerodinâmica, os carros de 2017 serão mais rápidos do que os atuais. "Teremos uma evolução natural dos compostos, de 2015 para 2017. Com pneus e chassis mais largos, você verá carros de quatro a cinco segundos mais velozes", afirmou.

Pedido de cautela

Hembery destacou ainda que a F1 deve pensar com cautela se deseja que os avanços nos tempos de volta venham da maior velocidade nas curvas, como foi proposto para 2017.

"Muito do aumento do rendimento virá nas curvas. Por outro lado, com pneus mais largos, você terá mais arrasto nas retas. É uma mudança muito grande. Lembro-me de quando retornamos à categoria, com Ross Brawn como diretor do grupo dedicado aos pneus".

Uma das primeiras coisas que ele disse foi: 'não queremos ser mais rápidos nas curvas'. Então quando somos procurados e nos pedem para sermos mais velozes nas curvas, é algo com o qual temos que tomar muito cuidado. Os carros de F1 já são muito rápidos, melhorar a performance em cinco segundos é muita coisa. Precisamos nos certificar de que estamos na direção certa", completou.

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Pablo Elizalde
Fórmula 1
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