Para Ross Brawn, ganho na largada justifica uso do Kers na Malásia
Mesmo tendo vencido em Sepang sem o sistema em 2009, o chefe da Mercedes diz entender por que a Red Bull não quer dispensar o dispositivo
Assim como a Red Bull deste início de 2011, a Brawn pilotada por Jenson Button e Rubens Barrichello em 2009 voava nas classificações e parecia imbatível. Assim como a Red Bull de hoje, aquele Brawn de dois anos atrás não contava com o Kers.
O chefe da equipe que levava seu nome, que se tornou a Mercedes há um ano, Ross Brawn, acredita que os tempos são outros.
As regras foram alteradas para tornar o uso do sistema mais atrativo: o peso mínimo do conjunto carro e piloto foi aumentado de 605 para 640 kg, além da distribuição de peso ter sido fixada para este ano.
Tudo isso faz com que a adoção do Kers traga mais pontos positivos que negativos. No entanto, Brawn aponta um fator como primordial para que a equipe opte ou não por usar o sistema de recuperação de energia cinética: confiabilidade
“O ganho é de três ou quarto décimos por volta, mas, se você tiver problemas de confiabilidade, facilmente perde isso. Esse foi um dos nossos problemas em Melbourne, porque não conseguimos manter todos os sistemas funcionando de maneira apropriada, algo que está dando bem mais certo aqui”, esclareceu em entrevista acompanhada pelo TotalRace.
“O outro ponto em aberto com o Kers são as largadas, porque aqui há uma reta muito longa e, com o Kers ativo, você ganha 15 a 20 metros até a freada para a primeira curva.”
A situação em Sepang, portanto, é muito diferente de Melbourne, há duas semanas, uma vez que a distância entre a pole position e a primeira curva é bem menor.
“Se você não tem Kers aqui, vai ficar muito exposto no início da corrida, o que não era o caso em Melbourne, onde a reta é curta. Dá para entender porque a Red Bull decidiu não usá-lo na Austrália, mas aqui querem muito usá-lo, porque mesmo se largar na pole, o carro atrás vai ganhar 20 metros até a primeira freada”, finaliza.
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