Pilotos passam 20% da volta em Montreal com os pés no freio
Entenda porque refrigeração e durabilidade dos freios são dois grandes problemas das equipes no GP do Canadá
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Um dos grandes desafios do Circuito Gilles Villeneuve, palco do GP do Canadá, são os freios. São sete pontos de freada, sendo seis deles considerados fortes e quatro que envolvem frenagens que começam em cerca de 295km/h. Dá para entender porque é uma pista tão famosa pelo desgaste do material.
De acordo com informações distribuídas pela Mercedes, a energia colocada no freio é, por exemplo, cerca do dobro da usada em Spa, ainda que, em ambos os circuitos, os pilotos fiquem cerca de 15s com o pé no freio por volta. No entanto, enquanto em Montreal isso significa 20% da volta, em Spa são 14%.
O ponto mais forte de freada é na curva 10, onde os carros chegam a 295km/h e têm que chegar a 60km/h na tomada de curva. São 235km/h para se diminuir em apenas 140m. Com isso, as forças G dentro do cockpit chegam a 5.5G. Com tanto trabalho, os discos de freio podem chegar a 1000ºC, e se estabilizam em 200ºC.
Como a largura e o diâmetro dos discos de freio são limitados pelas regras em 28mm e 278mm, respectivamente, os materiais são alterados de acordo com o circuito. Os dutos também são modificados nas pistas mais duras com os freios, para melhorar a refrigeração.
Neste ano, há um complicador para os freios: com as duas zonas de ultrapassagem, ainda mais energia será desprendida para a frenagem. O problema é ainda maior quando o tanque está cheio. Os freios serão, junto dos pneus, os grandes focos de atenção das equipes neste final de semana.
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