Pirelli crê que próximas etapas terão mais pitstops
Fabricante italiana está confiante de que a temporada 2017 da Fórmula 1 não será dominada por corridas de um pitstop devido ao desenvolvimento dos carros, que devem forçar mais os pneus
A facilidade com a qual os pilotos conseguiram executar estratégias de uma parada no GP da Austrália levantou receio de que boa parte das corridas da temporada 2017 da Fórmula 1 fique limitada em termos de estratégia e que isso reduza as ações na pista.
Os compostos da Pirelli para esta temporada são mais resistentes - resultado do movimento para permitir aos pilotos acelerar mais durante as corridas em vez de serem conservadores com a borracha, como nas últimas temporadas.
Apesar do visto em Melbourne, o diretor-técnico da Pirelli, Mario Isola, acredita que conforme os carros se desenvolverem durante o ano, o nível de desgaste dos pneus deve aumentar, levando a novas variáveis em termos de estratégia.
"Essa ainda é nossa expectativa para a segunda metade da temporada", Isola disse ao Motorsport.com. "Os carros serão mais velozes, o que significa mais estresse sobre os pneus e maior desgaste."
"Há uma relação natural entre mais estresse sobre os pneus e aumento do desgaste. Então teremos mais desgaste da borracha na segunda parte da temporada, mas ainda dentro dos padrões desejados pela FIA", afirmou.
"Teremos finais de semana em que veremos duas paradas nos boxes. Não está escrito nas estrelas que todas as corridas serão de apenas um pitstop. Claro que se pensarmos em Mônaco, posso te dizer que teremos apenas uma parada", reconheceu.
"Se formos para Suzuka, Spa, se formos para uma série de outras pistas, teremos duas paradas. Mas não acredito que corridas de uma parada sejam necessariamente chatas. Tivemos uma batalha bastante interessante na Austrália entre Sebastian e Lewis.
Isola admite, entretanto, que o nível de degradação na Austrália foi menor do que o solicitado pela FIA, mas o engenheiro insiste que os números vão melhorar durante o ano.
"O desgaste foi bastante baixo na Austrália, uma mudança significativa em relação ao ano passado. Os tempos de volta comprovam isso - os pilotos foram capazes de fazer tempos velozes com pneus usados por dez, 15 voltas."
"Os números de desgaste vieram nas diretrizes que recebemos, mas no momento estamos abaixo disso. Esses números são muito precisos, é difícil chegar a eles com precisão."
"Por exemplo, a diferença em tempo de volta entre os compostos está estipulada em 0s9, mas é uma média - pois você tem circuitos diferentes, com extensões diferentes. Então a diferença pode ser de 0s7 em um lugar e 1s1 em outro", completou.
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