Planos da Aston Martin na F1 seguem em curso, apesar de problemas financeiros
A empresa insiste que sua volta à F1 como equipe oficial em 2021 segue, apesar de indícios de que sua empresa-mãe pode não ter verbas para os próximos 12 meses
A pandemia do Covid-19 está atingindo em cheio a economia mundial e está reverberando em outras áreas, como o esporte e a cultura. Mas uma empresa, que possui ligações históricas e futuras com a Fórmula 1, está em uma situação bastante complicada: a Aston Martin.
A montadora de carros esportivos de luxo foi atingida em cheio pela pandemia do Covid-19 e a companhia teve que tomar ações para estabilizar sua situação financeira após preocupações sobre uma falta de capital, em um esquema detalhado em março, após Lawrence Stroll se juntar como investidor.
Um comunicado divulgado pela empresa na segunda diz: "Levando em consideração o produto do aumento de capital, a Companhia considera que o Grupo não possui capital de giro suficiente para atender seus requisitos por 12 meses após a publicação do Prospecto Original".
"Isso se dá pelo crescente impacto da Covid-19 desde 13 de março, quando a Companhia publicou o Primeiro Prospecto Suplementar, e a contínua e inquantificável incerteza que criou e continua a criar.
Em resposta ao comunicado, após uma Reunião Geral na segunda, foi sugerido que seria necessário obter quase um bilhão de reais em empréstimos e outros instrumentos financeiros disponíveis, para dar conta de sua sobrevivência pelos próximos 12 meses.
A reunião também aprovou a injeção de cerca de 3,4 bilhões de reais através de uma combinação de 1,7 bilhão em investimento e aumento de capital - que inclui uma colocação de ações privadas de cerca de 1 bilhão de reais através do Consórcio Yew Tree, liderado por Stroll.
Stroll, que se tornará presidente do Conselho Administrativo em 20 de abril, após sua entrada na companhia mais cedo nesse ano, afirmou que seu compromisso se mantém, apesar da situação do coronavírus.
Falando após a reunião, Stroll deixou claro que os planos para que a Racing Point se torne Aston Martin ainda estão em andamento.
"Eu, e meus co-investidores no consórcio, continuamos a acreditar fielmente no futuro da Aston Martin Lagonda", disse. "Isso fica claro pelo nosso investimento de um bilhão que garante a segurança financeira da companhia. Há um aumento de capital significativo, de 3,4 bilhões, que será feito pelo meu consórcio e outros acionistas nesse momento desafiador".
"Isso dará a estabilidade necessária para reiniciar os negócios em direção ao seu futuro. Temos um plano claro para fazer isso acontecer, que inclui a Aston Martin entrar como uma equipe de fábrica da F1 para a próxima temporada, e eu mal posso esperar para trabalhar com a equipe de gerenciamento para concretizar esse programa".
A Aston Martin já havia tomado ações sem precedentes por causa da crise do coronavírus, e a situação não foi ajudada pela queda do preço das ações em seu lançamento da bolsa, indo de 121 reais para pouco mais de nove.
A empresa suspendeu temporariamente toda a produção nas fábricas de Gaydon e St. Athan, com funcionários sendo deslocados para home office ou dispensados. A companhia está fazendo uso de todo o auxílio governamental e reformou seus custos operacionais para alterar os padrões de gastos, como em marketing, para estabilizar a situação.
A entrada de Stroll através de seu Consórcio Yee Tree vem em meio à especulações ligando o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, com a companhia - seja através de um papel formal ou investimento privado.
Wolff recentemente negou rumores de que poderia sair da Mercedes para se tornar o novo CEO da Aston Martin para ajudar Stroll, com quem tem um bom relacionamento.
"Essa história não é verdade", disse Wolff. "Não vou me tornar o CEO da Aston Martin".
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