Análise

Por dentro: confira como funciona simulador da Red Bull

Rene Fagnan, do Motorsport.com, visitou simulador de última geração da Red Bull e relata experiência em Milton Keynes

Simulador da Red Bull Racing
Simulador da Red Bull Racing
Simulador da Red Bull Racing
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11
Simulador da Red Bull Racing
Simulador da Red Bull Racing
Simulador da Red Bull Racing
Simulador da Red Bull Racing
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11

A limitação de testes de pista, introduzida na F1 há algumas temporadas, tem forçado as equipes da categoria buscar alternativas para seguir desenvolvendo os carros durante a temporada. O mais importante destes adventos é, sem dúvida, o simulador.

No cockpit de um carro virtual, o piloto pode completar milhares de voltas em qualquer circuito do calendário. Basicamente, um simulador de F1 é composto por um chassi conectado – através de atuadores eletromecânicos – a poderosos computadores, que executam osoftware que contém os modelos computacionais dos carros e das pistas.

Os atuadores simulam todas as reações de um carro real, movendo o cockpit conforme o piloto acelera e freia, além das forças laterais que os condutores sentem nas curvas.

Andrew Damerum, engenheiro de desenvolvimento da Red Bull, deu detalhes de como funciona o simulador da equipe. “Fixamos um chassi real de F1, em uma plataforma Hexapod - que é utilizada que é utilizada na maioria dos simuladores comerciais. A plataforma é a única peça de todo o aparato que foi adquirida. Todo o resto foi produzido por nós – incluindo o conjunto de pedais, assento e o volante, igual ao do RB11”, disse.

Ao sentar no cockpit, o piloto fica de frente para uma tela curva, de 180 grau motorista enfrenta uma tela de projeção curva, de 180 graus. Os sensores do simulador mantêm um registro de cada entrada no ‘carro’.

O recurso pode, portanto, tanto ser utilizado pelos novatos, que precisam aprender as pistas novas, quanto pelos veteranos – não só para refrescar a memória mas, principalmente, para validar a utilização de peças novas ou acertos diferentes, que podem ou não ser implantados nas corridas.

"Nós mesmos criamos o carro e as pistas em nosso sistema. Esses modelos computacionais são baseados nas características reais do RB11. Desta forma, podemos testar muito mais alterações do que seria possível no carro real. Podemos mudar a pressão e desgaste dos pneus, a pressão aerodinâmica, as características do motor, altura do carro em relação ao solo, podemos simular o efeito do vácuo… Podemos fazer qualquer coisa, basicamente”, afirmou Damerum.

"Além disso, os engenheiros também utilizam o simulador para comparar diferentes acertos do carro. Será que o carro vai ficar muito nervoso com menos pressão aerodinâmica? Como isso afeta os tempos de volta? Eles podem obter estas respostas e muitas outras sem ter que colocar o carro real na pista”, afirmou.

Multiplicidade de cenários

As sessões no simulador são pensadas e estruturadas como se fossem testes reais, de acordo com o engenheiro do time austríaco. “Preparamos uma programação como se estivéssemos indo para a pista testar. O piloto inicia os trabalhos com voltas de aquecimento, para se acostumar com o simulador – especialmente se fizer muito tempo desde a última sessão”

Damerum revela também como o trabalho da equipe varia, não só de piloto para piloto, mas também de acordo com a simulação que está sendo feita.

"Se é uma sessão de treinamento de pilotos tentando aprimorar a técnica (caso dos novatos Max Verstappen e Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso), são feitos stints, de cinco ou seis voltas, intercalados por análises dos dados e comentários do engenheiro para os pilotos”.

Se estivermos nos preparando para um GP, começamos o dia com o acerto básico do carro. Assim que o piloto se mostra confortável no carro e os tempos de volta são consistentes, iniciamos os testes de fato – o que inclui mudanças rápidas no acerto, para que o piloto sinta como as alterações afetam o equilíbrio do carro. Também simulamos situações de corrida e classificação. Podemos até mesmo simular situações de pista molhada”, disse o engenheiro.

Com quatro pilotos na F1 e outros no programa de jovens talentos, o simulador da Red Bull funciona praticamente o tempo inteiro, quase 24 horas por dia, sete dias da semana.

“Quebramos nosso recorde em 2011, quando os pilotos da Red Bull e da Toro Rosso utilizaram nossas instalações para simular todos os GPs do calendário!”, concluiu Damerum.

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Fórmula 1
Red Bull Racing
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