Por que a BMW 'vetou' a contratação de Hamilton pela Williams após briga de Lewis com a McLaren

Antes mesmo de chegar à F1, o inglês poderia ter trocado uma aliança anglo-germânica por outra, o que poderia ter mudado a história da competição

Martin Whitmarsh, McLaren, Chief Executive Officer and Lewis Hamilton, McLaren Mercedes

Piloto da Fórmula 1 desde 2007 e impulsionado por motores Mercedes em toda a sua carreira na categoria máxima do automobilismo, Lewis Hamilton poderia ter representado outra marca alemã em sua trajetória na elite do esporte a motor, mas a BMW vetou a contratação do piloto britânico. 

Isso porque em 2004, quando surgiu a oportunidade de a fabricante de Munique 'dar o chapéu' na concorrente de Stuttgart através de sua então parceira Williams, que poderia ter 'tirado' Hamilton da McLaren, a cúpula bávara achou que o investimento para 'formar' Lewis não valeria a pena.

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Na época, o inglês ainda subia degraus rumo à F1, tendo começado a jornada para chegar à mais importante competição do automobilismo em 1998, quando foi contratado como júnior da McLaren pelo chefão Ron Dennis.

Em 2004, porém, houve um estremecimento na relação entre Hamilton e o time de Woking, o que quase provocou a saída do piloto da estrutura da McLaren. Teria sido uma contratação estelar para o rol de juniores da Williams, mas a BMW, então parceira da equipe de Grove, achou muito caro.

Lewis, então, ficou na McLaren/Mercedes, onde estrearia na F1 em 2007 após ser campeão da GP2 pela ART Grand Prix em 2006. Mas foi justamente a categoria imediatamente 'abaixo' da elite global do esporte a motor que gerou a 'treta' entre os representantes de Hamilton e o grupo de Dennis.

Isso porque, após Lewis terminar sua temporada de estreia na Fórmula 3 Euro Series em quinto em 2004, o pai do piloto, Anthony, queria que o filho fosse para a GP2, enquanto a McLaren preferia que o jovem fizesse mais um campeonato na F3 europeia.

Martin Whitmarsh e Anthony Hamilton

Martin Whitmarsh e Anthony Hamilton

A dimensão do atrito foi grande ao ponto de Martin Whitmarsh, então executivo da McLaren, ter uma discussão bem acalorada com Anthony e o contrato entre as partes ser praticamente rasgado. Assim, os Hamilton procuraram a Williams/BMW, mas a montadora não quis arcar com os custos.

Patrick Head, cofundador da Williams, falou do episódio: “Eles (os Hamilton) ligaram e disseram: ‘Podemos ir te ver?’. Eles entraram e disseram: ‘Dennis nos dispensou’. Estávamos com a BMW e acho que Frank (Williams) ligou para Mario Theissen (diretor de motorsport da fabricante bávara) e disse: ‘Esse cara parece ser muito bom e nos procurou pedindo ajuda’. Acho que Mario disse que eles não estavam preparados para dar nenhum apoio e nós não estávamos em condições".

Alex Zanardi (à esquerda) e Mario Theissen (de bigode)

Alex Zanardi (à esquerda) e Mario Theissen (de bigode)

"Para o grande aborrecimento de Frank, ele poderia ter tido Lewis em um carro da Williams", completou Head ao RacingNews365.com. Hamilton, então, voltou à McLaren e foi campeão da F3 europeia em 2005. E o resto é história...

Frank Williams e Patrick Head

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