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Prefeito de SP, Covas lamenta cancelamento do GP do Brasil: "Não é uma decisão que afeta apenas São Paulo"

Covas comentou sobre o cancelamento durante a coletiva diária feita no início da tarde

Sergio Perez, Racing Point RP19

Nesta sexta-feira (24), a Fórmula 1 confirmou a informação que já circulava há algum tempo: por força da pandemia, o GP do Brasil está cancelado. A notícia teve bastante repercussão e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, comentou sobre o fato na coletiva realizada no início da tarde, falando que a prefeitura se esforçou para tentar manter a realização da prova.

No comunicado divulgado nesta sexta, a F1 disse que os motivos que levaram ao cancelamento não apenas do GP do Brasil como também as provas do Canadá, México e Estados Unidos estão ligados à restrições e a importância de manter os envolvidos seguros.

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"Após contínuas discussões e colaboração com nossos parceiros, também podemos confirmar que, devido à natureza fluída da pandemia da Covid-19, restrições locais e a importância de manter nossa comunidade segura, não será possível correr no Brasil, Estados Unidos, México e Canadá nesta temporada", afirmou a F1 em comunicado.

O CEO da F1, Chase Carey agradeceu aos organizadores das provas e falou sobre o retorno no próximo ano.

"Queremos homenagear também nossos incríveis parceiros nas Américas e mal podemos esperar para estar novamente com eles na próxima temporada quando, mais uma vez, poderão emocionar milhões de fãs ao redor do mundo".

Pouco após o anúncio oficial da F1, aconteceu a coletiva diária do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o governador do estado, João Dória. Perguntado sobre o cancelamento do evento, Covas afirmou que esteve em contato com a categoria e que mandou projeções que mostravam que em novembro o país estaria com a pandemia mais controlada.

“Enviamos todos os dados à organização do evento, mostrando que a realidade da cidade de São Paulo, e do estado, é bem diferente da realidade brasileira que chegam em notícias para pilotos e equipes" disse Covas.

"A projeção mostra que em novembro estaríamos em uma situação bem melhor do que estavam os países europeus que já tiveram a realização de provas. Destacamos inclusive, que tanto as autoridades sanitárias do Estado, quanto as do município, desenvolveram protocolos para a realização de eventos automobilísticos aqui na cidade".

Diferente da organização do GP do Brasil, que afirmou que não foi notificada da decisão pela FIA, Covas afirmou que foi avisado.

"Não há, desde já, qualquer proibição deste tipo de evento em São Paulo desde que, claro, ele ocorra sem público. Fomos notificados da decisão. Não é uma decisão que afeta apenas São Paulo, mas todos os GPs nas Américas e respeitamos a decisão”, finalizou o prefeito de São Paulo.

Com o cancelamento, a F1 fica sem uma prova no Brasil pela primeira vez desde que a etapa passou a integrar o calendário do mundial, em 1972. E o futuro do GP do Brasil segue em xeque. Esse seria o último ano do contrato atual da F1 com a organização da prova em Interlagos e a Rio Motorsports, que pretende construir um autódromo no Rio de Janeiro, entrou na disputa para levar o evento para a capital carioca já no próximo ano.

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