Prêmio milionário, grid invertido e mais: F1 debate mudanças para corridas sprint em 2024

Categoria também pode criar um campeonato 'independente' para as corridas aos sábados, conforme apurou o Motorsport.com; saiba todos os detalhes

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19, Charles Leclerc, Ferrari SF-23, Lando Norris, McLaren MCL60, Lewis Hamilton, Mercedes F1 W14, Carlos Sainz, Ferrari SF-23, Oscar Piastri, McLaren MCL60, the rest of the field at the start of the Sprint race

Os chefes da Fórmula 1 estão prontos para considerar uma reformulação radical do formato das corridas sprint em meio à crescente aceitação no paddock de que o sistema atual não está proporcionando emoção suficiente.

Outra corrida sprint entediante no GP dos Estados Unidos, que contou com uma surpreendente falta de interesse dos fãs verificada após a queda na venda de ingressos, fez com que se acreditasse que algo precisa mudar.

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E, embora a F1 esteja totalmente comprometida em manter os fins de semana de sprint como parte do campeonato a longo prazo, fontes indicaram que os chefes estão de olho em uma mudança ousada.

Embora ainda não tenham sido apresentadas propostas formais para possíveis mudanças no formato sprint, que poderiam ocorrer já em 2024, o Motorsport.com apurou que discussões informais começaram sobre o que pode ser feito para apimentar as coisas.

Fontes indicaram que a F1 não tem medo de ser agressiva e reformular totalmente a sprint. Neste contexto, entende-se que várias ideias bem radicais já estão sendo consideradas. 

Entre elas, está a de transformar os sábados em um campeonato Sprint independente, de modo que os pontos conquistados em um sábado não contem para os campeonatos principais da F1.

Isso também ajudaria a evitar a repetição do cenário no Catar, onde o título de pilotos foi conquistado pelo piloto holandês Max Verstappen, da Red Bull, em um evento sprint em vez do GP.

Uma ideia para incentivar os pilotos a levarem o formato sprint mais a sério poderia ser conseguir um patrocinador e oferecer um considerável prêmio em dinheiro para os vencedores - que poderia chegar a US$ 1 milhão, ou seja, mais de R$ 5 milhões.

Daniel Ricciardo, AlphaTauri AT04, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C43, Alex Albon, Williams FW45, Logan Sargeant, Williams FW45, chase the pack at the start

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

Daniel Ricciardo, AlphaTauri AT04, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C43, Alex Albon, Williams FW45, Logan Sargeant, Williams FW45, perseguem o pelotão na largada

Outros elementos para fazer com que a sprint se destaque podem incluir um formato de grid invertido, com os dez primeiros colocados sendo trocados, ou até mesmo todo grid sendo invertido.

As posições no grid para a sprint também poderiam ser decididas pela 'ordem inversa' do campeonato ou com base em um formato de qualificação que ainda incentive as equipes a tentar obter um bom tempo de volta. Mas, ainda não há uma decisão sobre tudo isso.

O crescente impulso por trás da necessidade de uma mudança na sprint ocorre depois que o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, sugeriu em Austin que as regras atuais não são boas o suficiente.

"Acho que é preciso acrescentar um pouco mais de risco a isso. Quer você reverta os 10 primeiros ou algo assim, você tem que adicionar pontos suficientes para que valha a pena", ponderou o britânico.

Mas nem todos os chefes de equipe estão tão abertos a uma mudança tão drástica no formato sprint. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, acha que seguir o caminho do grid invertido não é adequado para a F1, que há muito tempo é conhecida por sua pureza.

"Sou conservador", disse ele quando questionado pelo Motorsport.com sobre sua opinião a respeito do assunto. "Prefiro que não haja corridas sprint do que você começar a 'se intrometer'. Ainda mais com as corridas de grid invertido, estamos caminhando para [o formato de] fórmulas juniores em que o esporte segue o entretenimento, enquanto [na F1] o entretenimento deveria seguir o esporte".

"Criar um 'jogo artificial' em torno da corrida sprint em um sábado não é o que eu prefiro. Mas essa é a minha opinião. Todas as equipes, juntamente com Stefano [Domenicali, CEO da F1], precisam pensar no que é melhor", completou o austríaco.

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