Projeto para GP de F1 na África do Sul visa integrar "elefante branco" da Copa do Mundo de 2010
Comitê de candidatura do país deve decidir ainda em abril se apoiará projeto na capital do país ou no tradicional circuito de Kyalami

A África do Sul se esforça para retornar ao calendário da Fórmula 1 em um futuro próximo e, neste contexto, surgem vários projetos para receber a principal categoria do automobilismo mundial. Para além de Kyalami, uma das propostas na mesa do governo do país envolve a capital Cidade do Cabo, e um dos "elefantes brancos" da Copa do Mundo de Futebol de 2010.
O governo sul-africano se aproxima de uma decisão sobre qual candidatura apoiar. As propostas anteriores de Kyalami parecem não surtir o efeito esperado e, com isso, surgiram as ideias para a realização de uma corrida de rua.
A proposta de uma corrida de rua ao redor da orla da Cidade do Cabo tem ganhado força na disputa contra o circuito que recebeu a F1 até 1993. A decisão final do comitê de candidatura deve sair ainda em abril.
A candidatura da Cidade do Cabo espera que a localização central e urbana do circuito de 5,7 km projetado por Tilke, que serpenteia ao redor do porto de Green Point e utiliza as instalações ao redor do Estádio DHL construído para a Copa do Mundo de 2010, ajude a superar o rival.
"O projeto mais recente tem todos os recursos", disse o CEO do GP da Cidade do Cabo, Igshaan Amlay, ao Motorsport.com. "Ele fica parcialmente à beira-mar e também usa as instalações que foram usadas para a Copa do Mundo".
"Atendemos a todos os requisitos, com o aeroporto a 15 ou 20 minutos de distância do circuito; temos um hospital de primeira linha no local e muitos hotéis a uma curta distância. O que também desempenha um papel importante são os cenários naturais da Robben Island, a orla e a Table Mountain. A Cidade do Cabo tem muito a oferecer como nosso principal destino de férias".
"Estamos enfrentando Kyalami, que tem uma rica história na F1, portanto, é uma corrida de rua contra um circuito especialmente construído. Vamos aguardar para ver qual será a decisão. Aqui poderíamos facilmente acomodar 250.000 pessoas, o que o torna mais acessível para mais pessoas".

Layout do GP da Cidade do Cabo
Foto de: Tilke GmbH
Ao contrário das propostas anteriores, o projeto mais recente não levaria o circuito através do DHL Stadium em si, mas correria ao lado dele, usando o local para o paddock, o centro de mídia e as áreas de hospitalidade.
"O objetivo de passar pelo estádio é que ele tem capacidade para até 70.000 pessoas e nossa intenção era torná-lo acessível a pessoas que não têm condições de ir a uma corrida de F1", explicou Amlay. "Depois de conversar com os projetistas do circuito, descobrimos que há alguns obstáculos e que seria melhor correr de fato ao longo do circuito".
"O Estádio DHL será usado para os paddocks e o centro de mídia. Tudo o que foi montado para a Copa do Mundo será reativado e já existe dentro do estádio, portanto, faremos uso total dele. Ainda correremos no estádio de atletismo original de Green Point, que tem um rico legado".
Mesmo que o governo apoie a Cidade do Cabo ou Kyalami, as perspectivas de um retorno real da F1 à África do Sul ainda são incertas, pois seria necessária uma proposta convincente para convencer a F1 de que ela preenche todos os requisitos, com o país enfrentando a concorrência de países como Tailândia, Ruanda e Coreia do Sul por um lugar no calendário a partir de 2028.
Também há pontos de interrogação quanto ao financiamento o evento conseguirá obter por meios públicos e privados, com possíveis patrocinadores corporativos aguardando a decisão do governo sobre a proposta.
"Acho que a F1 sempre esteve pensando em fazer uma corrida no continente africano, e Lewis Hamilton também se manifestou a favor. Se você realmente quer ser um campeonato mundial, precisa de uma corrida no continente africano, seja na Cidade do Cabo, em Kyalami ou em outro país africano", disse Amlay. "Isso deve ter um impacto positivo em nossa economia e no setor de turismo, não apenas para a cidade, mas para o país como um todo".
Amlay vem trabalhando em seu projeto de trazer a F1 para a Cidade do Cabo há mais de duas décadas, sem sucesso, tendo conversado anteriormente com o então chefão da categoria, Bernie Ecclestone, mas ele sente que agora existe o impulso para finalmente realizar seu sonho, já que a popularidade da F1 atingiu novos patamares.
"Nunca nos esquivamos de nenhuma crítica. Sempre que as pessoas nos criticavam, nós as analisávamos seriamente e fazíamos algumas mudanças", acrescentou. "Quando apresentamos a ideia em 2016, tivemos interesse de vários patrocinadores e investidores. O grande problema que tivemos foi que não conseguimos o apoio do governo. Mas agora há um grande impulso, e temos um grande número de seguidores da geração mais jovem, que tem acompanhado a F1 e a tem apoiado".
"Percorremos um longo caminho desde a primeira vez que imaginamos o conceito, em 1999, mas sempre acreditamos nele. Se você acredita em algo e persevera, então isso acontecerá".
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