Promessa brasileira, Felipe Nasr dá as caras na F-1
Convidado da Renault como prêmio pela liderança na F-3 britânica, brasiliense de 18 anos fala ao TotalRace de suas expectativas para o futuro
Líder absoluto do campeonato britânico de F-3, o brasileiro Felipe Nasr está disfrutando de um prêmio e tanto neste final de semana: acompanhar de perto o trabalho de uma equipe de F-1 no GP da Europa. Nada mal para quem está no caminho de chegar à categoria máxima do automobilismo.
“Vim por uma premiação da própria F-3 inglesa, que prometeu dar todo o suporte neste final de semana de F-1 junto à equipe Renault para quem estivesse liderando o campeonato após a etapa de Brands Hatch eles. ´Eestar junto da equipe é uma experiência legal para mim”, afirmou em entrevista ao TotalRace em Valência.
Em sua segunda temporada na F-3 inglesa, Nasr está dominando o campeonato, com 154 pontos, contra 109 do também brasileiro Lucas Foresti.
“Vamos tentar trazer esse título, continuar trabalhando. Acho que a ideia para o ano que vem é subir um degrau, então temos de optar ou pela World Series ou pela GP2, que seriam os dois passos lógicos para dar continuidade na carreira.”
O brasiliense de 18 anos, no entanto, afirma preferir o caminho da World Series.
“Ano que vem, eles terão o motor V8 no carro, de 550 cavalos. Vão aumentar a quantidade de pressão aerodinâmica e adotar o sistema da asa traseira móvel. Sem contar os custos. Na GP2, estamos falando de dois milhões, dois milhões e meio de euros [equivalente a R$ 4,5 mil a 5,6 mi] se você quer andar em uma equipe de ponta. É muita grana para uma categoria em que você já está chegando à F-1. Na World Series, o valor gira em torno de 800, 900 mil euros [R$ 1,8 milhão a 2 milhões]. A diferença é muito grande. Claro que não é o mesmo carro, mas o importante é ter a experiência de correr onde a F-1 está. É um passo para mim, com um carro mais potente e pneus maiores.”
Nasr tem a carreira gerenciada por Steve Robinson, manager de Kimi Raikkonen, e garante que o ex-campeão de F-1 e atualmente piloto do Mundial de Rali acompanha seus resultados.
“Ele sabe dos meus resultados, mas o encontrei apenas duas vezes. Eu tenho certeza que ele está acompanhando o campeonato e está gostando. É bom ter uma relação com um cara como ele.”
Este é o segundo ano de Nasr na F-3 britânica. O piloto estreou com a expectativa de dominar a disputa, após vencer com facilidade a F-BMW em seu primeiro ano competindo na Europa. No entanto, correndo pela Raikkonen Robertson Racing, foi apenas o quinto colocado.
“A equipe em que estava não tinha as condições em todas de ter um carro competitivo em todas as pistas. A gente não mostrou os resultados que queria, fiquei decepcionado, mas sabíamos que era um ano para aprender. Eu amadureci, conheci melhor as pistas e o carro e usei este ano para mostrar minha capacidade, junto à Carlin, que está fazendo um trabalho sensacional. Acho que o rendimento no ano passado não deu certo mais por causa do carro do que pelo meu desempenho.”
Agora na melhor equipe da categoria, a Carlin, a história é outra. Em seu terceiro ano correndo na Europa e próximo de conquistar o segundo título, Felipe Nasr sabe que está no caminho certo.
“Fiquei um pouco mais maduro como pessoa, mas sempre mantive as mesmas características. Agora é continuar com o trabalho que comecei na F-BMW. Acho que os resultados falam mais que tudo. Acredito que seja isso que precisamos agora. Mostrando bons resultados, as portas vão se abrir.”
(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Valência)
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