Reginaldo Leme revela porre com Senna e Galvão Bueno

Em mais de 40 anos de carreira, Reginaldo Leme, comentarista de F1 da Rede Globo, tem grandes histórias para contar. Algumas delas ainda surpreendentes nos dias de hoje envolvendo os grandes nomes do país na categoria.

Em entrevista ao canal Senna TV, Regi fala sobre o período vitorioso de Ayrton Senna em seus primeiros passos na F1 na Toleman e Lotus, os primeiros bons resultados e alguns fatos marcantes da época em que assessores de imprensa tinham menor influência no comportamento de seus contratados.

Reginaldo relata que ao final da temporada europeia da F1, antes de ir para as corridas no Japão e Austrália, ele, Galvão Bueno e Senna escolhiam um Club Med pelo mundo, onde relaxavam antes das duas últimas etapas do campeonato.

"A gente fez isso seis ou sete vezes. Uma delas foi em Turks e Caicos, no Caribe. Lá passava uma moça, servindo uma bebida chamada de "Porradinha", ela tinha esse nome porque você dava uma batida na mesa antes de beber. Eu sei que no copo você colocava de tudo, uns cinco ou seis ingredientes diferentes, dava uma porradinha e bebia."

"Começamos a brincar com esse negócio e o Galvão desafio o Ayrton. Para quê? Fizemos isso perto da piscina e depois fomos para a boate e voltamos para a ala dos quartos. Na volta, nos corredores, com um caminho estreito, o Galvão e eu batíamos um no outro, sem direção. E o Ayrton estava inteiraço."

Assinatura com a Lotus

Reginaldo conta como foi o episódio que o fez o único jornalista a presenciar a assinatura do contrato de Senna com a Lotus.

"Eu recebi o convite da Lotus por sugestão do Ayrton e do Armando Botelho (empresário) para ser a única testemunha e ainda filmando, no momento em que ele assinou o contrato para correr em 1985."

"E eu assinei também um contrato com a Lotus, em nome da TV Globo, para não colocar a matéria no ar antes do comunicado oficial da equipe sobre a contração do Senna", lembra o comentarista.