Renault é cautelosa sobre Kubica: "um passo de cada vez"

Robert Kubica andou novamente com o E20 nesta semana, em Paul Ricard. O objetivo do teste, mais uma vez organizado pela Renault, era permitir ao polonês verificar os próprios limites após a primeira tentativa com o carro, em Valência.

Cyril Abiteboul, chefe da Renault, segue cauteloso quanto ao que pode acontecer com Kubica. "Queremos deixar claro que o teste foi realizado com o propósito de verificar mais a fundo aquilo que ele é capaz e o que não é capaz de fazer", disse o dirigente ao Motorsport.com antes da sessão.

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"Fizemos uma programação em conjunto - e que não vou detalhar - mas o que precisa ficar claro é que ainda que o teste seja positivo, nada garante que ele vá pilotar para a Renault no ano que vem. As coisas são mais complexas do que isso", afirmou.

"Como sempre, estamos dando um passo de cada vez, com muita cautela e tentando ao máximo deixar as emoções de lado. Temos fisioterapeutas envolvidos, alguns exames médicos sendo feitos, tudo para garantir que não tenhamos nenhum problema."

"E, quem sabe, se o teste for positivo e os passos seguintes também, ele possa acabar em um carro de F1. Mas não quero especular neste momento, não queremos a imprensa colocando pressão em cima de nós sobre o que precisamos fazer na sequência", acrescentou.

Abiteboul abordou também as palavras de Kubica sobre as chances de voltar para a F1 - o polonês abordou o tema com otimismo durante a aparição no Festival de Goodwood.

"É uma situação clara em que devemos ser cautelosos. Ele é uma pessoa com caráter e emoção, mas neste caso em particular precisamos deixar as emoções de lado - todos nós adoraríamos ver a volta dele - e ter uma abordagem pragmática, esta é a nossa responsabilidade."

Questionado se Kubica poderia testar o carro atual da Renault no teste pós-GP da Hungria, Abiteboul respondeu: "Sem especulações sobre testes futuros neste momento."