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Renault indica divórcio com a Red Bull, mas não antes de 2017

Diretor da companhia francesa afirma que a prioridade é a longo prazo e deixa o 2016 da equipe austríaca em risco

Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR10 and Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo, Red Bull Racing
Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo, Red Bull Racing
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing, Sebastian Vettel, Ferrari e Daniel Ricciardo, Red Bull Racing
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing
Daniil Kvyat, Red Bull Racing com a imprensa
(E para D): Daniel Ricciardo, Red Bull Racing com Sebastian Vettel, Ferrari no parc ferme
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB11

A Renault não tem intenção de permanecer com a Red Bull no futuro. Mesmo assim, a fabricante francesa promete honrar seus compromissos com a equipe austríaca até o fim do contrato. A montadora reavaliou sua posição na categoria e entendeu que seus objetivos de marketing não estavam sendo alcançado com a atual parceria.

A vontade de mudança só cresceu este ano, principalmente com o fraco desempenho e em relação às críticas que recebeu da Red Bull sobre a falta de progresso do motor. O ápice foi na Áustria, quando o dono da equipe, Dietrich Mateschitz, afirmou que a Renault destruiu o prazer e motivação de sua escuderia na Fórmula 1.

Planos ainda em aberto

A Renault está em vias de adquirir a Lotus, mas o diretor da montadora, Cyril Abiteboul, deixou claro que a decisão ainda não foi tomada: "O status ainda não é muito legal de se ouvir", disse após ser perguntado se o projeto está evoluindo. "Continuamos ainda trabalhando em várias opções."

"Nosso CEO, Carlos Ghosn, foi bastante claro que na F1 não estamos satisfeitos com o que temos agora, tanto em desempenho quanto em marketing, então ainda estamos avaliando tudo."

No entanto, Abiteboul é inflexível num ponto: tudo o que está sendo discutido é para o longo prazo e não terá impacto nos contratos atuais com a Red Bull e a Toro Rosso para 2016.

Com essas declarações, surgiu uma série de rumores sobre se o último ano de contrato seria cumprido, já que a atual equipe que utiliza motores Renault não teria preferência, atrapalhando a performance esportiva.

"Temos contrato até o fim de 2016. Nosso plano é honrar esse contrato. As soluções que estamos desenvolvendo são para a partir de 2017, mas 2016 deve ser um ano de transição para a temporada seguinte, então teremos que desenvolver algo. Continuamos trabalhando. Nosso desejo é continuar na Fórmula 1", disse Abiteboul.

Caminho diferente para a Red Bull

Abiteboul afirma que a prioridade da Renault é a longo prazo, o que o coloca em conflito direto com as ambições da Red Bull, em voltar para o topo o mais rápido possível.

"Não acho que devemos por em risco 2017 para apressar algo em 2016. Não há pressa. É um jogo de longo prazo. Isso é algo diferente para a Red Bull, que está no esporte há pouco tempo e que são mais patrocinadores do que construtores. Talvez esse foco a longo prazo seja insatisfatório para eles, que gostariam de mais sucesso para ontem."

E ele acrescentou: "Entendo isso, mas do nosso lado, não podemos olhar dessa forma. E talvez isso seja uma das razões que esteja difícil alinhar nossos objetivos com a Red Bull."

Embora a saída da Renault da Fórmula 1 ainda não seja uma hipótese totalmente descartada, Abiteboul afirma que os chefes da Renault concordam que a abordagem na F1 tem que mudar. Ele diz que a maneira com que a Red Bull trabalha não é mais justificável, já que quando as coisas vão bem o sucesso não é o bastante e quando vão mal, ficam mais dolorosas.

"O que você precisa ter certeza é de que seus ganhos são maiores que os riscos e a negatividade que isso traz. Essa é a razão pela qual precisamos mudar o que estamos fazendo agora, porque nesse momento não basta ganho e perda financeiro, mas também em reputação."

"Tudo o que faremos no futuro na Fórmula 1 será com mais controle. Não podemos trabalhar de forma isolada, precisamos trabalhar com parcerias, mas precisamos estar no controle", concluiu.

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