Ricciardo diz que Renault não tem nada a perder e assumirá mais riscos na batalha de equipes da F1
Para o australiano, a equipe vai com tudo, independente do número de corridas da temporada 2020
Após a paralisação forçada pela pandemia, a Fórmula 1 está próxima de iniciar sua temporada 2020, com o GP da Áustria no próximo final de semana. E uma das grandes expectativas para esse ano é a batalha do pelotão do meio, que se mostrou próximo na pré-temporada. E, segundo Daniel Ricciardo, a Renault vai com tudo nessa luta.
Até o momento, a F1 anunciou apenas oito etapas da temporada 2020 e, apesar da expectativa de aumentar o calendário, ele deve ser bem menor que as 22 provas inicialmente planejadas, o que deve aumentar ainda mais a batalha no pelotão.
Um calendário mais curto significa que erros e abandonos passarão a custar mais caro para as equipes, mas Ricciardo está crente que a Renault vai correr alguns riscos para capitalizar em cima do novo cronograma.
"A abordagem é de ir com tudo e se movimentar desde cedo", disse Ricciardo em entrevista à Sky Sports F1. "Acho que isso também vale para nós, no meio, temos menos a perder em termos de riscos e recompensas".
"Acho que vamos correr com as chances que temos e, com sorte, vamos conseguir bons resultados, seja, com oito, 12, 15, sei lá quantas corridas teremos".
No ano passado, a Renault terminou em quinto no mundial de construtores, perdendo o título de "melhor do pelotão do meio" para a McLaren. Foi uma perda para a equipe, que terminou 2018 em quarto e esperava diminuir a distância para Mercedes, Ferrari e Red Bull em 2019.
Ricciardo disse que espera batalhas próximas entre as equipes do pelotão do meio em 2020, revelando que as análises da Renault dos dados da pré-temporada colocou todos no mesmo nível.
"Eu lembro que após a análise do grid, a diferença entre os carros do meio, pelo menos em nossas previsões, era coisa de um décimo", disse. "É o que tiramos dos testes. Acho que teremos quatro ou cinco equipes muito próximas".
"Eu gostaria de dizer que reduzimos a distância para as da ponta, mas é óbvio que equipes como Mercedes ainda serão muito difíceis de atingir, pelo menos no começo do ano. Mas no pelotão do meio, com Racing Point, McLaren e as demais equipes, será bem apertado".
"Acho que vamos estar aí no meio, mas é uma grande aposta nesse momento dizer quem vai estar na frente ou não".
Ricciardo andou com um carro de F1 pela primeira vez desde a pré-temporada na semana passada, em um teste privado da Renault no Red Bull Ring, pista que receberá as duas primeiras etapas do ano.
O australiano disse que o teste, feito com o carro de 2018, não foi bom apenas para adquirir novamente o ritmo de um F1, mas também foi útil para aprender mais sobre a pista, onde a Renault teve um GP difícil em 2019, sem marcar nenhum ponto.
"Foi bom. Mesmo que não seja totalmente relevante para o que estamos fazendo nesse momento", disse. Foi bom ir à pista, tirar a poeira e interagir com a equipe novamente, voltando a entrar no modo de corrida".
"Estou treinando fisicamente nos últimos meses, mas obviamente sem andar com um carro de F1. Voltar a esse estado mental foi bom".
"A Áustria foi nossa pior corrida no ano passado, então ter uma chance de voltar lá antes de ter duas corridas, vamos levar isso como algo positivo, e como uma chance de aprender e melhorar em comparação ao ano passado, em vez de dizer 'essa não vai ser boa para nós, vamos ter um início de temporada devagar'".
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