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Fórmula 1 GP da Bélgica

Schumacher, 20 anos depois: "cheguei cheio de dúvidas"

Heptacampeão relembra sentimentos da estreia em Spa em 1991 e explica porque voltou à F-1 depois de três anos parado

Schumacher já venceu por seis vezes em Spa

Michael Schumacher sempre preferiu os recordes que lhe colocavam no topo das estatísticas de maiores vencedores, de maior número de títulos, poles e tudo o que tem direito. Mas neste GP da Bélgica está curtindo seu momento de nostalgia. Afinal, o alemão completa em Spa 20 anos desde sua estreia na F-1, em 1991 a bordo de uma Jordan.

“Cheguei aqui cheio de dúvidas porque não conhecia tão bem a pista – o que não me estressou muito porque sempre aprendi rápido os traçados – pensando se eu conseguiria competir com esses caras especiais. A F-1 era cheia de heróis.”

O piloto de 42 anos, no entanto, acredita que sua maneira de enfrentar os objetivos o ajudou – e não mudou muito mesmo sete títulos mundiais depois.

“Se eu pudesse voltar 20 anos, chegaria aqui com mais auto-confiança. Mas, de certa maneira, essa abordagem crítica comigo mesmo ajudou porque sempre tentava perguntar onde podia melhorar. E ainda faço isso. Não perdi essa auto-crítica. Sempre penso ‘será que sou bom o bastante?’ e sempre tento melhorar – não apenas nas corridas.”

Schumacher comentou ainda sobre sua relação especial com o circuito da estreia, onde venceu em seis oportunidades. “Tudo começou aqui, ganhei meu último campeonato aqui e espero ter mais bons momentos no futuro. É a pista mais nostálgica e impressionante do calendário.”

Falando ao TotalRace sobre a data, o alemão afirmou que está realizado. “Sinto-me orgulhoso. Foram 20 anos de bons momentos – na maior parte do tempo. Não tenho do que reclamar, só estou curtindo.”

Por que, então, a volta em 2010 após três anos afastado das pistas? O piloto da Mercedes contou que a decisão foi consequência de uma série de fatores.

“Foram as circunstâncias que levaram à minha volta. O acidente de Felipe, o fato de eu tentar ajudar a Ferrari, pegar o carro e sentir ‘isso ainda funciona de alguma maneira’ e ter recebido uma oferta muito interessante. Não estava exatamente entediado, mas era um desafio, pensei que era algo que ainda poderia fazer e, depois de pensar bastante, decidi que era uma boa ideia.”

“Há muitas coisas para fazer fora da F-1 – e tenho feito muita coisa mesmo estando correndo agora, porque tenho muito tempo livre com a proibição dos testes durante a temporada. Ainda tenho minha privacidade e estou muito feliz com isso. E quanto eu parar, não se preocupem, vou conseguir preencher meu calendário facilmente.”

Mesmo com todo o clima de comemoração, Schumacher não se deixa levar – e não espera que a data especial lhe dê alguns décimos a mais na pista.

“Estou completamente fora da luta pela vitória aqui, não tenho ilusões. A realidade é terminarmos em sétimo e oitavo. O carro está evoluindo, mas não é nada radical e isso é o melhor que podemos alcançar no momento. Temos muito trabalho para o ano que vem.”

(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Spa-Francorchamps)

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
Michael Schumacher
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