Sede do GP da Espanha de F1, Barcelona deve perder espaço para Madrid a partir de 2026
Pista que recebeu GP no último final de semana tem futuro incerto na principal categoria do automobilismo
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
No último final de semana, a cidade de Barcelona recebeu a décima etapa da temporada de 2024 da Fórmula 1. A disputa que teve como resultado a vitória de Max Verstappen e o retorno de Lewis Hamilton ao pódio após 238 dias distante das três primeiras colocações.
Acontecimentos como esse marcaram a história do circuito, que desde 1991 faz parte da categoria e, atualmente, é o único em território espanhol presente no calendário. A partir de 2026, entretanto, a situação será diferente, uma vez que a entrada de uma etapa em Madrid, que está sujeita à homologação da FIA, ameaça a continuidade, no calendário, do Circuito de Barcelona-Catalunha, cujo contrato com a FIA expira também em 2026.
O interesse da categoria em ter uma etapa na capital da Espanha não é por acaso. A cidade é a mais populosa da Espanha, com mais de 3,2 milhões de habitantes, sendo a segunda maior cidade da Europa, atrás apenas de Berlim. Na Fórmula 1, os dois pilotos espanhóis presentes na categoria também mantêm grandes laços com a cidade de Madrid: tanto Fernando Alonso quanto Carlos Sainz Jr. são torcedores do Real Madrid – o segundo, inclusive, nasceu na capital espanhola.
Segundo a Fórmula 1, as expectativas para a etapa de Madrid, em 2026, são de receber mais de 110 mil torcedores por dia de evento, com planos de expandir a capacidade do GP para 140 mil pessoas ainda na primeira metade do contrato da capital espanhola. Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, Madrid possui uma quantidade significativa de fatores para se tornar mais atrativa comercialmente para a Fórmula 1.
“Mesmo com toda a história envolvida por trás do Grande Prêmio da Espanha em Barcelona, a mudança para Madrid pode mexer com um ecossistema muito maior, produzindo mais, comercialmente falando. Como a segunda maior cidade da Europa, a capital tem fatores únicos quando falamos de crescimento de público, engajamento e retorno financeiro. Juntamente com isso, a presença dos pilotos espanhóis que vivem uma fase de crescimento de popularidade tende a aumentar ainda mais com a ida da categoria para Madrid”, aponta Fábio.
No país, como um todo, também vem sendo registrado crescimento na área do turismo. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 a Espanha recebeu 85 milhões de visitantes, 18,7% mais do que no ano anterior, e até mesmo 1,9% acima de 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. Ainda, de acordo com a associação turística Exceltur, o turismo faturou 186 bilhões de euros, valor equivalente a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha, acréscimo que contribuiu para um crescimento da economia do país de 2,5% em 2023.
Estrutura do Circuito de Madrid
O traçado da capital espanhola seguirá o formato de pista de rua, diferentemente do Circuito de Barcelona-Catalunha, que está localizado em um autódromo. O Grande Prêmio da Espanha em Madrid será realizado dentro do espaço do IFEMA, uma das cinco entidades dedicadas à organização de exposições e feiras mais importantes da Europa, e terá um total de 5,474 km de extensão. A pista também está em uma localização estratégica, a apenas 5 km do aeroporto Madrid-Barajas
Outro diferencial da construção do traçado será seu compromisso com a sustentabilidade. De acordo com a F1, o IFEMA Madrid compactua com a visão de tornar o GP da Espanha um dos eventos de F1 mais sustentáveis da temporada. Para isso, a categoria visa alcançar a neutralidade de carbono até 2030. Em 2026, com a implementação de um novo regulamento de motores, os combustíveis serão 100% sustentáveis.
“É muito positivo observar a adoção de medidas voltadas para a sustentabilidade em diferentes esportes, especialmente em algumas categorias do automobilismo, que tem se mostrado dispostas a assumir um compromisso com a preservação ambiental. Iniciativas neste sentido incentivam maior conscientização e educação socioambiental e reafirmam a crescente da tendência ESG no meio esportivo”, afirma Vanessa Pires, CEO da Brada, startup que auxilia empresas a investirem em projetos de impacto positivo.
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