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Fórmula 1 GP da Bélgica

Senna descreve "terror" no carro e pede pneus melhores

Para brasileiro, equipes arriscariam colocar os carros na pista caso os Pirelli dessem conta do recado na chuva

Sem participar da primeira sessão de treinos livres por ceder o carro ao piloto de testes Valtteri Bottas, Bruno Senna deu apenas três voltas no circuito de Spa-Francorchamps nesta sexta-feira, descritas por ele como voltas "de terror”.

Porém, apesar de reconhecer que as condições de hoje na Bélgica eram demasiadamente extremas, o brasileiro acredita que um aumento no número e na qualidade dos pneus disponíveis evitaria que tivéssemos sextas-feiras tão pouco movimentadas.

“Aqui, a condição era extrema. O pessoal tinha a intenção de andar mais, porém a pista estava muito molhada e as três voltas que dei para treinar largada foram um terror porque o carro estava aquaplanando”, revelou ao TotalRace. “Não tem sentido andar nessas condições porque é perigoso para a gente. É um desperdício de tempo enorme, a gente não aprendeu nada, e esperamos para ver como estará o tempo amanhã.”

“O que a gente pode fazer para melhorar a sexta-feira é dar mais pneu. Quanto mais pneu, melhor, inclusive pneus de chuva. E um pneu que seja um pouco melhor para condições extremas, porque o de condições intermediárias é bom, mas extremo às vezes deixa um pouco a desejar.”

Senna explica que as equipes evitam arriscar e colocar os carros na pista justamente porque o pneu que seria para chuva extrema não dá conta do recado.

“Se você tem um pneu que não tem certeza que dá para andar, você não vai arriscar, porque não tem sentido. Se tivesse previsão de chuva para amanhã e domingo, com certeza iríamos assumir um pouco mais de risco – não muito mais porque à tarde estava muito extremo. Mas, como a previsão é de seco, não tem muito sentido arriscar o carro.”

Neste cenário, Senna usou o único treino de que participou para treinar largadas e o procedimento de pit stop. E, mesmo “passeando” diz ter sofrido para manter o carro na pista.

“Estava terrível. Estava passeando na pista porque o que precisava fazer era no box, mas a gente precisa dar a volta para fazer o procedimento. Antes da curva cinco, estava tão molhado que o carro aquaplanava o tempo inteiro, mesmo não acelerando tudo. Você fica passando terror no carro.”

A falta de quilometragem no treino de hoje significa que as equipes terão trabalho redobrado amanhã, quando Bruno espera fazer um trabalho mais voltado ao acerto para a corrida.

“Tem algumas variáveis. Spa é uma pista que permite ultrapassagens – não é fácil, mas é possível. Então, largar numa posição boa é importante, mas, se tiver um carro ruim de corrida, ficará para trás. Então, amanhã haverá certo comprometimento do programa, mas o foco será acertar o carro.”

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