Pela primeira vez atuando como piloto reserva da equipe Lotus Renault GP, Bruno Senna foi "pé quente": presenciou o primeiro pódio do ano, nas mãos de Vitaly Petrov.
O brasileiro, que cumpre seu ano de estreia no time francês, comentou de forma positiva ao TotalRace o rendimento da Lotus Renault no fim de semana, mas reconheceu que o carro de Nick Heidfeld esteve abaixo do esperado.
“Foi um fim de semana positivo para a equipe. Em todos os treinos, estivemos competitivos com o Petrov. O outro carro não estava e ainda precisamos estudar a telemetria para saber o que aconteceu"
"Na classificação, o Petrov foi bem e, na corrida, o carro teve ótima consistência. O ritmo do Petrov ao longo da corrida era parecido com os carros que estavam perto dele. Isso demonstra o quanto ele estava competitivo na Austrália. Sabíamos que o carro era bom. Nos testes oscilamos um pouco, mas quando estava rendendo bem, ficávamos na frente. O Petrov fez uma bela corrida, sem erros”, avalia.
Senna, que teve a chance de provar o R31 na pré-temporada, pôde fazer uma comparação entre um equipamento de ponta e o que teve à disposição quando corria na fraca Hispania. “Todo o estudo que a Renault faz dos compostos de pneu, da estratégia de corrida e da análise de telemetria é bastante diferente, mais detalhado", destaca.
"Todas as decisões tomadas aqui são baseadas em fato, e não em sensação. Estou aprendendo muito com eles. A equipe é muito capaz, conhece o carro. Há gente que trabalha 100% na parte aerodinâmica, sempre na busca de melhorar o acerto. Acho que a profundidade técnica aqui é bem maior.”
O brasileiro, no entanto, esquiva ao ser questionado se sabia que o time espanhol continuaria apresentando os mesmos problemas de 2010. “No fim de semana passado, sem sequer andar nos treinos, não era de se esperar que classificassem com a regra dos 107%. Temos de ver como estarão na próxima corrida, já que, supostamente, conseguirão treinar. Vamos ver como se sairão.”