Steiner critica Haas e afirma que evitou quebra da equipe na F1
"Não entendo, mas ele faz o que quiser. Respeito, mas nunca faria isso pois me parece um 'caminho para lugar nenhum'. No fim, preciso acatar", disse Gunther
No começo deste ano, a Haas anunciou a saída de Gunther Steiner da chefia da equipe na Fórmula 1, já que o proprietário do time, o norte-americano Gene Haas, optou por não renovar com o engenheiro. Agora, o ítalo-americano falou abertamente sobre o caso e não 'se segurou'.
Em entrevista ao RacingNews365, Steiner criticou fortemente a escolha do dono da escuderia dos Estados Unidos e afirmou que salvou a equipe de quebrar na F1 em 2020, quando conseguiu patrocinadores.
"Não entendo, mas ele [Gene] faz o que quiser. Entendo e respeito, mas eu nunca faria isso e essa é minha opinião porque me parece um 'caminho para lugar nenhum'. No fim, preciso acatar pois ele manda na equipe, então quem sou eu para dizer o que ele deve fazer? Faz o que quiser e eu farei o que bem entender, simples assim. A vida é assim e posso viver com minhas escolhas”, começou Gunther, antes de falar sobre quando 'salvou' o time de sair da categoria máxima.
“Sou bem teimoso e diria que a teimosia manteve a equipe unida. Em 2020, com a pandemia, o Gene obviamente queria encerrar [tudo], disse que estava pronto para fechar. Eu disse que, se eu achasse o dinheiro, continuaríamos. Ele concordou, então achei o dinheiro e a equipe seguiu”, disse Steiner, que, na época, conseguiu angariar o apoio financeiro russo que posteriormente acarretaria na entrada de Nikita Mazepin na equipe americana da elite global do esporte a motor.
“Esse foi o 'fundo do poço' porque estávamos em um momento de fazer algo ou desistir, não havia nada 'no meio'. Era preciso ser feito algo e assim aconteceu. Claro, com essa decisão, alguns anos difíceis se seguiram e o time teve uma queda", ponderou Steiner.
“Em 2018, terminamos [o Mundial de Construtores] no quinto lugar, depois oscilamos um pouco em 2019, mas havia outra razão e vocês da mídia sabem, que era o motor. Quando a fonte de dinheiro foi tirada em 2020, voltamos para o 'começo', talvez até pior. Acho que esse foi o pior momento da equipe”, completou o ítalo-americano, que chefiou a escuderia desde sua entrada na F1, em 2016. Ele será substituído pelo japonês Ayao Komatsu, até então o chefe de engenharia.
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