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Teto de gastos, e não premiação, é pauta em reunião da F1

As equipes da F1 terão de esperar mais para descobrir os planos do Liberty Media sobre a reestruturação das premiações financeiras da categoria, já que o assunto não estará na pauta da reunião que será realizada pelo Grupo Estratégico nesta terça-feira (7).

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, Max Verstappen, Red Bull Racing RB13, Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB13, Esteban Ocon, Sahara Force India F1 VJM10, the rest of the field at the start

A FIA, a detentora dos direitos comerciais da F1, além das equipes, se reunirão para discutir as mais novas ideias sobre uma grande modificação no esporte após 2020.

Além das seis equipes do Grupo Estratégico – Mercedes, McLaren, Ferrari, Red Bull, Williams e Force India –, as outras quatro estarão presentes na reunião como observadoras.

Enquanto um encontro entre a FIA e a F1 na semana passada esteve voltado às propostas para motores, o que provocou no fim das contas críticas de três das atuais fabricantes, as conversas desta semana iniciarão os debates sobre uma mudança mais profunda na categoria, que terá como objetivo deixá-la mais competitiva.

Houve indícios de que um dos pontos de partida seria uma mudança na estrutura da premiação financeira, o que deveria eliminar o sistema de bônus que favorece as maiores equipes e proporcionam uma grande vantagem em dinheiro em relação às menores.

Contudo, fontes com bom conhecimento sobre a situação revelaram que a premiação financeira não estará em pauta – em vez disso, o foco estará nos planos que envolvem um teto de gastos.

Acredita-se que o Liberty esteja determinado a implantar algum tipo de limite de gastos para as equipes de F1, o que será detalhado nesta reunião.

Ele espera que possa haver um diálogo construtivo para começar a trabalhar em um plano mais detalhado, além de encontrar um consenso de como esses custos seriam controlado para que se torne efetivo no que diz respeito à economia financeira.

Uma vez que a ideia se torne mais sólida, aí sim as propostas para a distribuição financeira seguirão em frente.

Conversas individuais

Entende-se que a decisão de omitir a estrutura financeira das conversas iniciais tenha sido tomada pelo fato de que o problema não envolve a FIA – na verdade, esse é um assunto privado entre os chefes da F1 e as equipes.

Durante a primeira rodada de conversas, acordos comerciais foram discutidos individualmente entre as equipes e Bernie Ecclestone, sendo que vários acertos bilaterais foram estabelecidos para envolver o período até 2020.

É possível que tal sistema seja adotado também desta vez, com discussões privadas acontecendo em vez de um diálogo global que envolva todas as equipes.

A estrutura de premiação financeira, que possivelmente passará a distribuir as quantias de forma mais igualitária entre as equipes, é vista como um dos elementos mais importante para os times a respeito de sua visão a longo prazo.

Em meio a críticas sobre as propostas de motores na semana passada, o diretor esportivo da Renault, Cyril Abiteboul, afirmou que era importante para as equipes o conhecimento a respeito da visão do Liberty sobre teto de gastos, prêmios financeiros e mudanças nas regras.

“Se nós vamos economizar muito nos chassis ou se teremos acordos comerciais mais favoráveis com a FOM, tudo é possível”, disse, quando questionado sobre um potencial aumento de gastos com o desenvolvimento de novos motores.

“Mas é muito difícil aceitar nos comprometermos a um novo investimento sem indicativos dos outros parâmetros.”

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