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Troca com Rússia, cancelamento ou adiamento: entenda dilema da China por causa do coronavírus

Rumor sobre troca de datas com GP da Rússia é negado por promotores de Sochi, enquanto que do lado chinês, nova data terá complicações logísticas de promotor

Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, Sebastian Vettel, Ferrari SF90 and Charles Leclerc, Ferrari SF90 at the start of the race

A crise com o coronavírus na China pode ter consequências para o calendário da Fórmula 1 de 2020. Depois que a corrida da Fórmula E em Sanya foi adiada pela organização da categoria, todos os olhos estão voltados para a F1.

Rumores de uma troca com o GP da Rússia apareceu como como uma solução possível, embora, de acordo com o promotor russo, esse não seja o caso.

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O GP da China está programado para o fim de semana de 19 de abril no calendário de 2020. No entanto, devido ao coronavírus, essa data parece ser uma corrida contra o relógio. Além da questão principal, a saúde de todos os envolvidos, existem muitas questões logísticas, incluindo o acesso ao país. Muitos voos internacionais estão suspensos, o que obviamente complica a operação por trás de uma corrida de F1.

Com uma suposta ‘troca’ com a Rússia, a FIA, acima de tudo, ganharia tempo para não ter que cancelar totalmente o evento.

No entanto, foi apurado que esse pedido ainda não foi formalmente apresentado ao organizador do GP russo. Mesmo se vier, isso poderia ser um complicador para quem espera lotação total em Sochi. Se a Rússia se antecipar no calendário em seis meses, restaria menos tempo para a venda de ingressos. "A data do GP da Rússia foi marcada em outubro do ano passado e não vai mudar", disse um porta-voz ao Motorsport.com.

Mesmo para o lado chinês, há outras complicações. A empresa que promove o GP também está envolvida em outros dois grandes campeonatos, o Master de Sinuca (no meio de setembro) e o Master de Tênis (início de outubro). Com a prova em Xangai podendo ser no fim de semana de 25 a 27 de setembro, é improvável que o desafio seja aceito.

A FIA anunciou em uma resposta formal na semana passada que acompanha de perto a situação: “A FIA avaliará o calendário das próximas corridas e, se necessário, tomará medidas para proteger a comunidade do automobilismo e o público."

Confira as curiosidades do GP da China de F1

2004 - A Pior
O primeiro GP da China marcou a antítese de uma temporada dominada por Michael Schumacher. O alemão rodou na classificação (na época no formato de volta única) e largou de último. Na corrida, bateu com o austríaco Christian Klien, rodou sozinho e finalizou em uma distante 12ª posição. Para se redimir, ele fez a volta mais rápida da prova na última passagem...
2005 - A Pior (parte II)
Se o ano anterior tinha sido ruim, 2005 foi pior ainda para Schumi. Indo para o grid, ele bateu com o holandês Christjan Albers da Minardi. O alemão foi obrigado o largar dos boxes com o carro reserva. No meio da corrida, após a entrada do Safety Car, o piloto aquecia seus pneus quando perdeu o controle de seu carro e foi parar na caixa de brita. Game Over.
2006 - Pneus novos x pneus usados
Desta vez a sorte sorriu para Schumacher. Na pista molhada, a Renault resolveu trocar os pneus intermediários de Alonso. A decisão se provou ruim, já que, sem trocar, Schumaher e Fisichella (companheiro de Alonso na Renault) recuperaram uma desvantagem de 20 segundos em menos de dez voltas. Fernando perdeu a corrida para Schumacher, que na ocasião assumiu a liderança do campeonato. Mas foi por pouco tempo.
2007 - Era só não errar...
O roteiro parecia pronto: saindo da pole, Hamilton estava predestinado a ganhar o título em seu primeiro ano na F1. Mas, por uma decisão ruim na gestão dos pneus intermediários, Lewis foi deixado sob ataque de Raikkonen. O finlandês passou e Hamilton tentou ir aos pits... mas ficou atolado na caixa de brita da entrada dos boxes. Ali o britânico começava a perder o título daquele ano.
2008 - Pneus trocados
Se com Hamilton a McLaren teve uma de suas melhores corridas naquele ano, com o outro carro tudo deu errado. E isso por um erro primário da equipe: colocaram para Heikki Kovalainen os pneus dianteiros trocados – esquerdo no lugar do direito e vice-versa. O piloto reclamou muito do carro e acabou furando um dos pneus dianteiros antes de ter de abandonar.
2009 - Faltou um pedaço do troféu?
Era um dia perfeito para a Red Bull. A primeira vitória da equipe com dobradinha em uma chuvosa Xangai. Mas o troféu de construtores veio diferente dos outros entregues naquele dia. Faltou a argola do lado direito. Será que quebrou?
2010 - Rodas ejetáveis
A imagem que ficou para a história nesta corrida aconteceu logo no primeiro treino livre. Sebastien Buemi se aproximava do hairpin quando, ao frear, suas duas rodas dianteiras se desprenderam e fizeram o suíço virar passageiro dentro do carro. Segundo o time, peças novas da suspensão dianteira foram as causadoras do acidente no mínimo bizarro.
2011 - Box errado
Alvo da pressão de Vettel durante o primeiro stint da corrida, Button cometeu um grande erro ao entrar nos pits: confundiu a garagem da Red Bull com a da McLaren. O piloto perdeu a posição para o alemão após ter de se dirigir a seu box. Para piorar, o piloto perdeu nas últimas voltas o pódio para o outro piloto da equipe dos energéticos, Mark Webber, enquanto seu companheiro Hamilton vencia a primeira do ano.
2012 - Roda solta
Fazendo a primeira fila, a Mercedes ganharia sua primeira corrida como equipe desde 1955 naquele dia com Nico Rosberg. Mas poderia ser uma dobradinha se o time não tivesse dado sinal para Michael Schumacher sair dos pits com a roda dianteira direita mal colocada. O heptacampeão foi o único a abandonar aquele GP.
2013 - Roda solta (parte II)
Derrotado por Vettel na Malásia após o alemão desobedecer uma ordem de não atacá-lo no fim da prova, Webber teve o início do azar que culminou em sua aposentadoria da F1. O piloto ficou sem combustível no meio do Q2 e foi obrigado a largar dos boxes. No meio da corrida, ele bateu em Vergne e quebrou sua asa dianteira. Isso lhe acarretaria uma punição para a prova seguinte, mas, antes disso, ele foi aos pits para trocar o bico e os pneus. Mal colocada, a roda traseira direita acabaria saindo na volta à pista.
2014 - O GP que durou uma volta a menos
A corrida vinha se desenrolando de maneira normal até a penúltima volta. Foi quando um fiscal desavisado deu a bandeirada para Lewis Hamilton. O inglês achou estranho e comentou o ocorrido com seu time. Fato é que mais tarde, mesmo com 56 voltas disputadas, foi contado o resultado ao fim da volta 54.
2015 -
Já imaginou reclamar porque o piloto da frente está lento demais? Foi o que Nico Rosberg fez com Lewis Hamilton em 2015. Durante os primeiros stints, o inglês andava razoavelmente abaixo de seu ritmo quando se aproximava da parada. Rosberg, com medo de desgastar os pneus demais atrás de Lewis, achou a manobra desleal e reclamou na coletiva de imprensa. Era só ter passado, Nico...
2016 - O GP sem abandonos
A prova chinesa de 2016 marcou o quarto GP da história da Fórmula 1 com todos os pilotos vendo a bandeirada. A temporada de 2016 ainda marcou a quinta prova sem abandonos, no GP do Japão.
2017 - Emulou Schumacher... do jeito errado
Provido à Mercedes após a aposentadoria de Nico Rosberg, Valtteri Bottas fazia apenas sua segunda prova pela equipe quando acabou sofrendo um grande revés na China. O finlandês rodou durante um Safety Car após colocar pneus de pista seca, lembrando em Schumacher em 2005. Ele ainda conseguiu voltar e finalizou a prova em sexto.
2018 - De quase último a vitorioso em 27 horas
Daniel Ricciardo viveu emoções bastante distintas no GP da China de 2018. O piloto teve uma falha no turbo no terceiro treino livre e quase não pôde participar da classificação devido a um reparo feito às pressas. Ele saiu no fim do Q1 e no final se classificou em sexto. Na corrida, com uma sorte em um Safety Car, ele trocou de pneus e passou por Verstappen, Hamilton, Vettel, Raikkonen e Bottas para ganhar a prova.
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Redação Motorsport.com
Fórmula 1
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