F3 Brasil apresenta formato ambicioso para 2017
Confiante, presidente da CBA diz que categoria será atrativa até para estrangeiros: “vai ser muito fácil termos pilotos europeus correndo aqui”
A Fórmula 3 Brasil apresentou seu formato para a temporada de 2017. Depois de viver um 2016 complicado – quando chegou a ter grids com seis carros para as corridas – a categoria espera que, com planos ambiciosos, possa cimentar um caminho sólido para um futuro próspero.
A principal novidade é a criação da F3 Academy, que visa preparar os pilotos de kart para seguir carreira nos fórmulas.
Durante evento realizado em São Paulo nesta segunda (13), o novo presidente da CBA, Waldner Bernardo, se referiu aos grids magros da F3 de 2016 para ilustrar a crise vivida pela categoria.
“Uma imagem fala mais do que mil palavras. Este é o cenário da Fórmula 3 nos últimos anos: grids pequenos, equipes sem pilotos, pilotos desinteressados, altos custos e um pulo muito grande para quem sai do kart participar da categoria”, disse ao Motorsport.com. “Queremos melhorar o aprendizado dos nossos pilotos.”
Estrutura
Com a consultoria de Carlos Col, antigo promotor da Stock Car, e em parceria com a recém-criada ANEF (Associação Nacional de Equipes de Fórmula), a CBA promete dar aos jovens pilotos oriundos do kart formação de qualidade na F3 Academy.
O carro continua a ser o Dallara 301, mas com a potência equalizada entre 210 e 220 cv para que os kartistas sintam menos o pulo para o F3. Além disso, o sistema também irá oferecer formação ampla aos jovens, com media training, orientação psicológica, nutricional, treinamento físico e em simuladores.
“O piloto bem-sucedido hoje representa marcas. E para que ele faça isso bem feito, ele precisa de treinamento dentro e fora das pistas”, resumiu Bernardo.
A categoria, que até o ano passado era disputada sob o guarda-chuva da Vicar, será organizada dentro da Porsche GT3 Cup Challenge em 2017.
Intercâmbio
Com potência equalizada abaixando de 250 cv para 240 cv neste ano, a F3 Brasil pretende também promover o intercâmbio de pilotos para melhorar ainda mais a preparação dos brasileiros.
Waldner Bernando defende o intercâmbio com categorias europeias para campeão e vice da F3, mas fez uma ressalva: “não se admire se o caminho for inverso. Com o que estamos oferecendo de cursos e com os custos colocados, vai ser muito fácil termos pilotos europeus correndo aqui no Brasil.”
No entanto, o presidente da ANEF, Augusto Cesário, acha mais possível a curto prazo trazer pilotos de fora para correr no Brasil.
“Temos de preparar os meninos de uma maneira técnica e correta”, disse ele.
“Somos a categoria que tem essa responsabilidade de desenvolver os garotos para que eles possam chegar lá fora e fazer um bom papel. Revitalizar é um desafio grande, mas são nessas horas difíceis na vida que a gente consegue melhorar e seguir em frente. Tenho convicção que teremos uma categoria cada vez melhor daqui para frente.”
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.